Fixe estas três letras se estiver a pensar comprar ou já tiver um carro usado: VIN. Pode livrá-lo de vários problemas

'Vehicle Identification Number' é o equivalente a uma impressão digital do carro - pode ser encontrado em regra na base do para-brisas, o compartimento do motor ou a parte de dentro dos pilares do carro

Fixe estas três letras se estiver a pensar comprar ou já tiver um carro usado: VIN. Pode livrá-lo de vários problemas

Se estiver a pensar em comprar um automóvel usado, ou se já tiver um e gostava de ter acesso a mais informações sobre o seu passado, anote a dica: código VIN. Segundo o site ComparaJá.pt, esta é a chave para desbloquear todos os detalhes do seu veículo, desde o ano em que foi fabricado até aos extras escolhidos.

Assim, o que é o VIN?

VIN significa ‘Vehicle Identification Number’, ou Número de Identificação do Veículo. É um código que identifica de forma única cada veículo, equivalente à impressão digital do carro, uma vez não há dois veículos com o mesmo VIN.

Este número é utilizado em todo o mundo e fornece informações fundamentais a quem está a pensar comprar um automóvel em segunda mão. Por exemplo, o VIN permite saber as características do carro, quem é o fabricante, se esteve envolvido em sinistros, ou se foi dado como roubado.

O que significam cada um dos algarismos?

Cada um dos 17 algarismos do VIN tem um significado diferente, e são agrupados em 3 secções.

A primeira secção diz respeito ao ‘World Manufacturer Identifier’ (WMI) (ou identificador do fabricante) e tem 3 dígitos. O primeiro identifica o local onde foi construído, seguido do país de origem da marca. Isto porque um carro de uma marca alemã pode ser produzido em Portugal.

A segunda secção chama-se ‘Vehicle Descriptor Section’ (VDS) e inclui os dígitos 4 a 9. Inclui informações sobre o tipo de carro, incluindo dados técnicos. Os dígitos 4 a 8 fornecem detalhes como o modelo, carroçaria e tipo de motor do carro. Já o dígito 9 é o chamado “Check-digit” resultante de uma fórmula matemática gerada pelo fabricante para garantir a veracidade do VIN.

Por fim, a terceira parte, que vai dos dígitos 10 a 17, designa-se ‘Vehicle Identifier Section’ (VIS) e fornece informações adicionais sobre cada carro, como o ano, modelo e o número de série. O décimo dígito indica o ano e modelo do carro e o dígito número 11 mostra qual a fábrica que montou o veículo, uma vez que o mesmo fabricante pode ter várias fábricas no mesmo país.

Os últimos seis dígitos do VIN são tudo o que resta dos antigos números de série que se utilizavam para identificar automóveis até há cerca de 50 anos. Este é um número sequencial de seis dígitos para diferenciar dois automóveis que de outra forma seriam idênticos. Alguns fabricantes aproveitam este espaço para incluir designações relativas a extras, como motorizações especiais ou até pinturas.

Exemplificando…

Por exemplo, o VIN 3FAFP13P41R199033 diz respeito a um Ford Escort de 2001, produzido no México, a gasolina, com cilindrada de 2000cc, 110 cavalos e caixa manual de 5 velocidades. É ainda possível saber que, como extras, tem também janelas elétricas, e até ar condicionado frontal.

Ou seja, com o VIN é possível ter acesso à ficha técnica completa do automóvel. E estes dados não servem apenas para satisfazer a curiosidade, são essenciais para muitas atividades do dia-a-dia.

Qual a importância do VIN?

O VIN é especialmente importante no momento de compra de um carro usado, e praticamente indispensável se for importado. Se introduzir este código numa das várias plataformas online que se dedicam a este tipo de pesquisa pode, por exemplo, descobrir os proprietários anteriores. Mais: é possível obter um relatório completo sobre os acidentes e reparações graves que o carro sofreu.

É ainda possível verificar se foram efetuadas chamadas de emergência do fabricante para o automóvel, algo que só se verifica em casos potencialmente graves. E basta o VIN para saber se o carro foi dado como roubado no passado.

Muitos destes sites permitem ainda verificar a quilometragem real do veículo, fotografias, e dados técnicos e equipamentos. Para além da consulta do VIN, pode ainda pedir uma certidão de inspeção no IMT, se o carro for português. Neste documento constará o registo dos quilómetros que o automóvel tinha em cada uma das inspeções técnicas.

Caso se verifiquem discrepâncias em algum dos anos, isso significa que o conta-quilómetros foi adulterado. Para pedir esta certidão, basta ter a matrícula do carro e pagar 30 euros. Assim, tem a certeza do que está a comprar.

Mas há outras aplicações para o VIN, nomeadamente no que toca a seguros automóveis. Hoje em dia, muitas seguradoras até permitem que introduza as especificações do seu carro para obter uma cotação. E para finalizar a apólice, vai precisar do VIN.

Onde consultar o VIN e qual o preço?

O VIN pode ser encontrado no próprio carro, em vários locais. Os mais comuns são a base do para-brisas, o compartimento do motor ou a parte de dentro dos pilares do carro. Se não o encontrar, consulte o documento único do veículo (DUA).

Depois, deve aceder a um dos vários sites que permitem pesquisar o VIN e recolher as informações. Há várias opções, alguns gratuitos outros pagos, e que fornecem dados mais ou menos detalhados. Um dos mais conhecidos e completos é o vin-info.com que, por um preço, inclui informações até sobre veículos roubados, a partir de várias bases de dados.

Antes de comprar estes relatórios, tenha ainda em conta que quantidade de informações do relatório varia de acordo com o VIN de cada automóvel.

Concluindo…

A consulta do VIN é um passo essencial para comprar um carro usado ou para contratar uma apólice de seguro auto. É a chave para desbloquear uma enorme riqueza de informação, do tipo de combustível ao ano de produção, e que lhe permite fazer os melhores negócios.

Tão importante como a consulta do historial do automóvel no momento da compra, é a forma de financiamento da operação. Sabia que tem várias vantagens em pedir um crédito automóvel para usados? Os bancos financiam a 100% a compra deste tipo de viaturas e, além disso, se desejar vender o carro, pode fazê-lo sem grandes contrariedades, uma vez que não existe reserva de propriedade por parte do banco, o automóvel é do devedor desde o primeiro dia.

O financiamento automóvel nestes casos é dos mais fáceis de adquirir, desde que o consumidor possua um bom historial de cumprimento de outros empréstimos e uma taxa de esforço aceitável.