A Toyota iniciou em 1997 – já lá vão 25 anos – uma história de sucesso com o Prius que, inicialmente era toda uma novidade no setor automóvel, com a criação pela marca de um veículo munido de bateria para permitir baixar as emissões e o consumo de combustível.
Nesta primeira aproximação à eletrificação o sucesso do modelo não foi estonteante, mas, tal como muitas tecnologias e muitos produtos é necessário um investimento para depois ter o retorno e foi esse o caso da Toyota com o Prius.
Nas novas gerações o Prius ganha notoriedade quando várias estrelas de Hollywood começam a adquirir estes automóveis, o desenho ainda irreverente torna-se mais consensual e o reflexo foi que as vendas dispararam, com 20 milhões de unidades vendidas, 4 milhões das quais na Europa.
Pessoalmente gostava do modelo pelo conjunto, ainda para mais tinha-o ensaiado e, também em Inglaterra foi um automóvel que utilizei muito como táxi, com os vários condutores a passarem a mensagem: durabilidade, eficiência e baixo custo de manutenção. Hoje a sigla da marca é QDF – qualidade, durabilidade e fiabilidade.
Recordo-me em particular de um taxista que me dizia que tinha mais de 400 mil km percorridos e que já se tinham estragado algumas células, mas que a troca das mesmas foi efetuada por valores ridiculamente baixos. Certo é que já nessa altura era um veículo confortável, robusto e com boa qualidade de construção.
Aos dias de hoje olhamos para a quinta geração e fico agradavelmente surpreendido, uma vez que o Prius tornou-se um modelo muito agradável e que, ainda mais se destaca na cor de lançamento, o amarelo mostarda ou o azul. Visto de lado é extremamente aerodinâmico com o vidro dianteiro a ser um prolongamento do capô e a traseira a terminar num estilo próximo de um coupé, sendo que, a cava das rodas traseiras é mais larga, o que lhe confere um aspeto mais robusto e desportivo.
A frente é esguia, muito aerodinâmica, com vários defletores para melhorar a eficiência, a dinâmica e o ruído do vento, com a grelha dianteira de abertura automática.
Acredito que, novamente vamos ter mais um modelo da Toyota que vai fazer virar cabeças pois é visualmente apelativo.
O motor que o equipa é um 2.0 l que, conjugado com a bateria tem uma potência máxima de 223 cavalos, o que lhe permite em modo exclusivamente elétrico até 70 km de autonomia, e na versão de topo, equipada com teto solar pode recuperar 6 km por dia a partir do mesmo.
O interior é assumidamente Toyota, o que significa um veículo bem construído e com boa qualidade de materiais. Os bancos em pele vegan são confortáveis e sustêm-nos! O ecrã de instrumentos é totalmente digital, pequeno mas legível, e com as funcionalidades necessárias. O painel central de formato horizontal concentra as restantes funcionalidades do modelo sendo que, abaixo dele possui os botões do ar-condicionado.
Na consola central encontramos a alavanca da caixa de velocidades, os vários modos de condução e também a possibilidade de circularmos em modo totalmente elétrico, podermos carregar a bateria com o motor de combustão, guardar bateria para utilização posterior e, no caso de cidades que possuam zonas de baixas emissões e, utilizando o sistema de navegação, automaticamente o Prius guarda a bateria necessária para depois podermos circular nessa zona em modo elétrico.
Falando de tecnologia também aqui o Prius inovou com o sistema de purificação do ar e com o sistema de estacionamento automático, onde fora do automóvel podemos também controlá-lo para este estacionar no local correto.
E em estrada como se comporta?
O Prius é um automóvel totalmente novo e foi melhorando muitas das suas reconhecidas qualidades para passar para um nível superior. Por isso encontramos um automóvel confortável, com comportamento muito correto, um motor disponível e uma direção precisa com um bom feeling. Nos vários quilómetros que percorremos em cidade e em estrada, referir a boa insonorização e a redução do ruído do motor quando em acelerações pronunciadas.
Deixando para uma análise mais profunda em ensaio mais detalhes mas mencionar que o Prius possui três gamas – Exclusive, Luxury e Premium com valores de entre 42 e 50 mil euros.
Em resumo, a Toyota tem aqui um modelo que vai cativar muitos clientes da marca e, outros, externos à mesma, pois adicionando ao valor que a marca tem em Portugal e no mundo, o desenho do modelo é suficientemente cativante para levar clientes à concessão. Trata-se, pois, de um valor seguro da marca.