Ensaio. Citroën C5x: um tapete sobre rodas

C5X é um modelo bem desenhado, com uma beleza intemporal e com uma aposta no ADN da marca: vanguardismo, tecnologia e inovação

Ensaio. Citroën C5x: um tapete sobre rodas

Para esta semana nem estava previsto o ensaio recair sobre este modelo, mas assim que me foi atribuído recordei-me da minha infância mas também de dois concept cars da marca – o Citroën 230 Citroen Lignage e o Citroën CXperience Concept.

Bem sei que este modelo é novo, mas fico com a (boa) sensação que a marca procurou inspiração em modelos icónicos do passado e numa certa linguagem estilística que procura manter ao longo dos anos. Por isso mesmo, o C5X é um modelo bem desenhado, com uma beleza intemporal e com uma aposta no ADN da marca: vanguardismo, tecnologia e inovação.

O C5X é uma mistura de vários conceitos, desde a traseira com as vantagens de uma carrinha, à altura mais elevada própria de um SUV e à parte frontal com o desenho típico de uma berlina. Arriscar no único modelo estas três tendências demonstra o modo como a Citroën sempre se posicionou no mundo automóvel. E, acredito, conseguiu ter sucesso com o desenho.

Exteriormente encontramos um desenho futurista mas suficientemente apelativo que recorda outros modelos da marca e, no interior, a marca apresenta um desenho algo diferente do tablier – que é consensual – onde o painel de instrumentos domina a nossa visão, associado a um novo head-up display de grandes dimensões que nos permite não tirar a visão da estrada e ser mais um motivo de segurança rodoviária.

O ecrã central oferece a informação necessária e suficiente e está colocado na posição que atualmente mais faz sentido, ou seja, no nosso campo de visão.

Na consola central encontramos o botão Start-Stop, os quatro modos de condução (elétrico, híbrido, confort e Sport) que permitem transportar o C5X com os seus 225cv e caixa de oito velocidades automática com patilhas por qualquer local, onde este se adapta incondicionalmente, sendo que os primeiros 50 a 60kms se conseguem efetuar em modo elétrico.

Antes de iniciar o ensaio uma nota para o já habitual conforto das poltronas, perdoem, dos bancos! Os muitos plásticos moles dominam o habitáculo e o espaço interior é muito bom.

Assim que clicamos no start-stop, normalmente arranca em modo elétrico e já aqui se sente o conforto do modelo onde, muito se deve ao know-how da marca adquirido desde a sua fundação e aos batentes hidráulicos que o equipam e que, em qualquer piso, desde o empedrado degradado, sentimos que não existem transferências do estado dos mesmos para o interior do automóvel. Os quilómetros passam por nós sem que sintamos qualquer desconforto. Nota-se em qualquer momento, também, uma direção muito reativa, travões potentes e um comportamento muito eficaz.

A insonorização está num nível superior o que coadjuvado com o conforto e comportamento tornam qualquer viagem uma felicidade.

Em resumo, a Citroën quis conjugar neste modelo a modernidade das suas linhas, mas mantendo alguns traços de modelos icónicos que permitem recordar esse belo legado que a marca tem tido ao longo de décadas, construindo para a atualidade um modelo distinto, apelativo, confortável, com boa qualidade construção e preparado para os desafios atuais.