O Honda HRV não é propriamente uma novidade no mercado mas é o primeiro lançamento da marca no setor dos híbridos com um modelo C-SUV – a tendência atual.
Para a marca japonesa, este modelo tem como objetivo tornar-se o mais vendido e, para isso socorreu-se da unidade motriz que já equipa o Jazz, o 1.5l com 131 cavalos de potência que lhe permite a velocidades mais reduzidas circular em modo elétrico.
Exteriormente apresenta uma identidade estética diferente do CIVIC e do JAZZ, diria mais elegante e refinada, com formas muito lineares tendo em vista o público-alvo que pretende alcançar. A grelha dianteira surge na cor da carroçaria, a assinatura luminosa à frente e atrás é esguia e horizontal, o que lhe confere elegância e nas formas criadas com menor superfície vidrada confere-lhe robustez.
O interior segue um pouco da interpretação da marca já viste no Honda-e – minimalista com traços retilíneos que, pessoalmente, aprecio. Em termos de ergonomia e usabilidade nada a apontar, mencionando somente que a posição de condução é algo mais elevada do que o tradicional, mas estamos em presença de um SUV e, muito embora muitas das marcas queiram manter muitos dos seus botões físicos considero que os mesmos têm/devem concentrar-se numa única zona da consola central, mesmo aqueles com utilizações residuais. Temos o extremo com a Tesla que concentra todas as funcionalidades no painel central- o que aprecio – que resulta numa usabilidade muito boa.
Ao longo dos vários quilómetros percorridos nunca notei falta de potência face aos 131 cavalos da unidade híbrida (e ao maior peso com a bateria) e que me permitiu ter consumos na ordem dos 6.1 a 6.3 l.
O Honda HR-V segue um pouco as pisadas germânicas mas também a história da marca pois, por um lado, fruto do aumento da rigidez do chassis e das melhorias ao nível da suspensão e direção o HR-V apresenta um comportamento muito saudável em cidade mas principalmente em estrada, onde vem ao de cima as qualidades do modelo.
Em resumo, o Honda HR-V não é nem poderia ser um desportivo nem um devorador de semáforos mas conjuga a experiência da marca na competição com o necessário conforto sendo que, quando necessitamos de extrair o máximo de potência do mesmo o nível de ruído do motor e algumas vibrações se façam sentir.
Nesta primeira abordagem da marca aos SUV e motores híbridos que a Honda está a trilhar, o caminho traçado foi o correto para se poder imiscuir no extremamente competitivo segmento C.
O preço de venda ao público está apontado nos €36.500.