Depois de tempos difíceis marcados pela pandemia e pelo cenário geopolítico mundial, parece que a indústria automóvel está no caminho da rentabilidade, com algumas marcas a recuperarem as vendas registadas no período pré-pandemia.
É o caso da Toyota, Volvo Cars e Kia, que ganharam agora mais dinheiro do que tinham encaixado há quatro anos.
Estas três marcas conseguiram superar os recordes de vendas no primeiro semestre do ano, com destaque para a Kia que, em relação a 2019, aumentou as vendas 16,5% com 1,57 milhão de unidades. É seguida pela Toyota, com 5,41 milhões de veículos, mais 2% do que até junho de 2019, e a Volvo Cars que vendeu 341.691 unidades, 0,3% a mais do que no período em análise.
Para além destes, também a construtora de veículos elétricos do multimilionário Elon Musk está a assistir a um crescimento exponencial.
Com exceção de duas montadoras, a Hyundai e Stellantis, que registraram quedas abaixo de 3%, outras 10 empresas registaram quedas de dois dígitos.
Olhando para o cenário geral das 17 construtoras, e comparando com o período pré-pandemia, no primeiro semestre de 2019 estas venderam um total de 35,9 milhões de veículos. Já nos primeiros seis meses de 2023 as vendas desceram 13%, com menos 4,65 milhões de veículos vendidos.
Já numa comparação com o período homólogo do ano anterior, as entregas cresceram 8,1% e ficaram em 31,26 milhões de unidades.
Também o lucro conjunto das construtoras aumentou em comparação com o período homólogo. Este foi de 67.011 milhões de euros, mais 18% do que no mesmo período de 2022.
Mas a liderança mundial em vendas também mudou de mãos desde 2019 até agora. À data, o Grupo Volkswagen acumulava quatro anos consecutivos como o consórcio com mais vendas, com um total de 10,9 milhões de unidades, seguido pela Toyota, com 10,7 milhões de veículos vendidos em 2019. Mas desde 2020 que a fabricante japonesa se confirma como líder absoluta em vendas no mundo.