A Toyota anunciou, esta terça-feira, a suspensão total das operações em todas as suas 14 fábricas de montagem no Japão, num movimento surpreendente e possivelmente de curto prazo do fabricante de automóveis líder mundial em termos de vendas, com 10,48 milhões de unidades vendidas no ano passado.
De acordo com a agência ‘Reuters’, por trás da decisão está o mau funcionamento do sistema de produção da marca japonesa, uma falha que não só perturbou a ordem de componentes cruciais mas também levantou preocupações sobre a infraestrutura operacional da empresa – há igualmente a possibilidade de ter sido alvo de um ataque cibernético.
Desde a madrugada desta terça-feira (horário local), a Toyota ordenou a suspensão inicial das operações em 12 fábricas no seu mercado doméstico, tendo as restantes duas ficado paralisadas mais tarde – de acordo com dados da agência de notícias, estas fábricas de montagem contribuem para aproximadamente um terço da produção global da Toyota.
Uma das suas empresas afiliadas, a Toyota Industries, foi igualmente obrigada a suspender parcialmente as operações em duas fábricas de motores devido aos efeitos colaterais do mau funcionamento das fábricas de montagem.
Esta não é a primeira vez que a Toyota enfrenta interrupções operacionais – a marca japonesa enfrentou um revés semelhante em 2022, quando um ataque cibernético à rede de um fornecedor levou à cessação temporária das operações – na altura, a marca japonesa conseguiu regressar à produção através de uma rede alternativa.
A paragem forçada da produção ‘mancha’ o recente progresso da Toyota na recuperação após os desafios colocados pela escassez de semicondutores – a marca automóvel registou um aumento de 29% na produção entre janeiro e junho, a primeira dos últimos dois anos.