Quando toda a indústria se foca na eletrificação e, onde encontramos uma panóplia de elétricos, a par de motorizações a gasolina é, com saudosismo, que agarramos a oportunidade de ensaiar um modelo com a motorização diesel, ainda por cima com um motor baseado no célebre 1.9 tdi da Volkswagen que tão boas memórias deixou. Ainda por cima de uma marca que, até há bem pouco tempo, era uma submarca da SEAT e que conseguiu trilhar o seu próprio caminho com uma grande notoriedade.
Razões mais que suficientes para este ensaio.
Desde que a Cupra surgiu no mercado que uma legião de fãs a segue! E tal deve-se a uma comunicação muito eficaz, uma aproximação ao mercado jovem, a um produto com uma estética diferenciadora, que conjuga desportividade com elegância e a uma dinâmica do produto muito apelativa.
Se olharmos para este Cupra, verificamos que a génese vem do grupo onde está inserida, mas que, posteriormente, a marca interpreta-a para incorporar os pilares que a sustêm. Olhar para este SUV, seja qual for o ângulo, denota arrojo, desportividade, elegância e robustez! A dianteira transmite uma postura muito dinâmica naquela que é uma das poucas viaturas onde, a partir do posto de condução, conseguimos ver na íntegra todo o capot do motor, bem como as nervuras que o constituem!
Olhar para ele de frente e sente-se poder! A zona lateral segue uma filosofia de desenho muito similar a um coupé, para terminar numa traseira com uma assinatura luminosa horizontal, muito fina e elegante, que percorre toda a traseira da bagageira.
O interior segue novamente a tendência das marcas do grupo onde se insere: produtos de qualidade, seja ao nível da montagem, da construção ou, dos materiais, e cuja perceção dessa mesma qualidade e robustez faz jus à qualidade real. Encontramos por isso muitos plásticos moles, sobretudo robustos, num desenho do tablier retilíneo, mas “dinâmico”, onde a funcionalidade e a ergonomia estão patentes, a par da usabilidade que se saúda, mesmo no software do ecrã central.
O ensaio foi efetuado utilizando muita estrada nacional e depois alguma autoestrada. Deu por isso para compreender que os engenheiros da marca se preocuparam em criar um automóvel com um comportamento quase desportivo, previsível, seguro, com uma afinação do chassis e suspensões que conjuga eficácia com conforto e precisão.
Sendo um diesel podemos contar também com um elevado binário a que se junta uma boa caixa de velocidades, onde o Formentor nos convida a desfrutar da viagem, km a km, com um apetite frugal ao nível dos 4,8 a 5,2 l por cada 100 quilómetros o que lhe garante uma autonomia acima dos 800 km.
No seu todo este é o modelo que incorpora todas as boas qualidades do grupo onde se insere, seja ao nível da qualidade do produto, nos materiais e da qualidade de construção.
Preço final: 43.000€