A Suzuki efetuou uma parceria com a Toyota de uma forma inteligente para conseguir, por um lado, ter acesso a um dos sistemas híbridos mais eficientes e testados do mercado, mas também para, conseguir com isso, cumprir com as normas antipoluição da Europa.
Para isso, utiliza o Toyota Corolla – um produto aclamado mundialmente – e fez cirúrgicas alterações ao mesmo, que passam pelo pára-choques dianteiro e pelos logotipos da marca. Tudo o resto não é preciso alterar pois o produto base é suficientemente sólido e atrativo.
Por mais objetividade que exista no ensaio existe sempre por parte de quem o ensaia, uma pequena e ínfima subjetividade ou, dito de outra forma, resquícios de infância ou do passado. Cresci numa altura em que havia um contingente de viaturas para poderem vir para Portugal e a marca Toyota era uma delas, mas sempre ficou conotada, até os dias de hoje, como uma marca fiável, robusta e racional. E essa memória que fica latente em nós!
Quando dou aulas de comportamento do consumidor falamos da influência de vários fatores e este é um deles. Por isso, é tão importante para uma marca criar um posicionamento (o modo como queremos ser vistos no mercado pelo consumidor) e manter o mesmo, ao longo da sua vida. Hoje, quando falamos de Toyota ou Corolla vem-nos à memória um dos automóveis mais vendidos em todo o mundo. Daí a aposta Suzuki ser logo à partida um trunfo!
Voltando ao ensaio, o Suzuki, principalmente nesta cor preta é atrativo, conjugado com os faróis bi-LED escurecidos, bem como com os vidros posteriores.
O interior repleto de plásticos moles denota uma qualidade de construção muito boa, assim como dos materiais. O painel de instrumentos totalmente digital e o painel central de oito polegadas são o exemplo do que é possível fazer com eficiência, num mercado onde algumas vezes se apresentam soluções sem usabilidade. Na consola central e no tablier encontramos ainda alguns botões físicos. A posição de condução é boa, a ergonomia idem, o que ajuda com uns bancos de toque desportivo, confortáveis quanto baste.
O Swace apresenta-se com um nível de equipamento muito interessante com bancos e volante aquecido, com o modo elétrico de condução disponível para alguns quilómetros e três opções de condução Eco, normal e sport, para além de uma caixa CVT com opção D e B (para maior regeneração).
Confortavelmente instalados, é hora de iniciar o ensaio, com o arranque suave e, onde se nota a boa escola Toyota, numa viatura intuitiva de conduzir e bastante prática, onde não temos de aprender a conduzi-la.
A direção é mais leve nos dois modos de condução eco e normal e mais pesada no modo Sport. Como só existe o motor 1.8 este produz 122cv, conjugando o motor térmico com o modo elétrico e, acreditem, é suficientemente elástico e aprazível de conduzir. Uma referência para o trabalho efetuado nas suspensões que o tornam bastante confortável, tanto em cidade, como em estrada, sem perder precisão em curva.
Uma nota sobre a excelência deste sistema híbrido onde obtive uma média de 3,4l a uma média de 100km/h e onde foi difícil em utilização mista atingir os …4.1l
O preço da unidade ensaiada situa-se nos €34.000