De 6 para 18 euros: Paris vota a favor de triplicar taxas de estacionamento para SUV e carros pesados no centro da cidade

Mudança não afeta apenas crossovers e SUV – os proprietários de carros ‘normais’ que pesem pelo menos 1.600 quilogramas ficam agora obrigados a desembolsar mais dinheiro, assim como os veículos elétricos com mais de duas toneladas

De 6 para 18 euros: Paris vota a favor de triplicar taxas de estacionamento para SUV e carros pesados no centro da cidade

Os novos SUV estão a tornar-se demasiado grandes para as estradas e lugares de estacionamento em várias cidades europeias – a poluição é igualmente fonte de preocupação, uma vez que os utilitários desportivos são normalmente mais pesados, consomem mais combustível e emitem mais CO2 do que os carros normais.

Para encontrar uma solução, Paris realizou este fim de semana um referendo para triplicar efetivamente as taxas de estacionamento para os SUV para os 18 euros por hora no centro da cidade e 12 euros no resto da cidade – estas alterações não se vão aplicar ao estacionamento residencial.

A mudança não afeta apenas crossovers e SUV – os proprietários de carros ‘normais’ que pesem pelo menos 1.600 quilogramas ficam agora obrigados a desembolsar mais dinheiro, assim como os veículos elétricos com mais de duas toneladas. Quem vive ou trabalha na capital francesa estão isentos, assim como os que têm dístico de deficiência – por último, os motoristas de táxi, os profissionais de saúde e os comerciantes não serão afetados pelo aumento.

Apenas 5,7% dos eleitores – cerca de 78 mil pessoas de um total de 1,3 milhões – votaram no referendo, com 54,55% a mostrarem-se favoráveis à triplicação das taxas de estacionamento para carros mais pesados: apesar da baixa participação, a medida deve entrar em vigor em setembro deste ano e vai impactar cerca de 10% dos veículos em Paris.

“Os parisienses fizeram uma escolha clara… outras cidades seguir-se-ão. Estamos orgulhosos de ter colocado uma questão eminentemente ambiental num momento em que o ambiente é apresentado como a fonte de todos os males. É uma forma de resistência aqui em Paris para este movimento muito preocupante”, reconheceu Anne Hidalgo, autarca de Paris.