Há um novo ‘super-herói’ em Itália: ‘Fleximan’ anda a derrubar radares de velocidade com uma rebarbadora

As ações do ‘justiceiro’ são crime no quadro jurídico italiano, o país da Europa com maior número de radares de velocidade – mais de 11 mil -, o que também proporcionou os níveis mais altos de segurança rodoviária

Há um novo ‘super-herói’ em Itália: ‘Fleximan’ anda a derrubar radares de velocidade com uma rebarbadora

Há um novo ‘super-herói’ em Itália: o ‘Fleximan’ tem sido responsável pela destruição de radares de velocidade em estradas e autoestradas, recorrendo a uma rebarbadora. O ‘Robin dos Bosques’ dos tempos modernos terá já deitado abaixo 15 radares nos últimos meses e está na mira das autoridades, que continuam à procura do mascarado – se para a polícia é um cenário preocupante, para os cidadãos é uma ‘bênção’.

Em muitos radares foram deixadas mensagens como “Fleximan sta arrivando” (“Fleximan está a chegar” em português) – já tem imitadores e as ações do ‘justiceiro’ têm dado origem milhares de partilhas na internet e a polícia tema a escalada do fenómeno.

As ações do ‘justiceiro’ são crime no quadro jurídico italiano, o país da Europa com maior número de radares de velocidade – mais de 11 mil -, o que também proporcionou os níveis mais altos de segurança rodoviária.

Fleximan 🦸🏼 Un justiciero italiano destroza más de 15 radares y la policía no es capaz de atraparlo pic.twitter.com/y0gZmXtv7n

— SocialDrive (@SocialDrive_es) January 31, 2024

A polícia e as autoridades locais ainda não identificaram o ‘super-herói’, mas desconfiam que poderá não estar a atuar sozinho: uma câmara de vigilância apanhou-o em flagrante, acompanhado por um ajudante, enquanto cortavam mais um poste de radar de velocidade.

Marco Gennari, coordenador do sindicato da polícia local, justificou o aparecimento de figuras como este ‘Fleximan’ com a estratégia das autoridades. “Com a desculpa da segurança rodoviária, as administrações municipais e provinciais fizeram com que os radares parecessem cogumelos, colocando-os nos locais mais díspares, exceto onde são realmente necessários, mais para reabastecer os seus cofres do que por um desejo real para reduzir os acidentes de trânsito”, referiu, acrescentando ainda que “esta aprovação popular servirá para fazer com que certas administrações reflitam sobre o uso e abuso de certas ferramentas”.