O ex-CEO do grupo Volkswagen (VW), Matthias Müller, vai hoje depor em tribunal em Brunswick, na Alemanha, no âmbito do caso Dieselgate.
Müllersucedeu a Martin Winterkorn em 2015, que era CEO da Volkswagen durante o período em que o escândalo do Dieselgate veio à tona. Embora tenha negado inicialmente qualquer conhecimento sobre a manipulação das emissões de poluentes nos veículos da VW, documentos internos e investigações posteriores revelaram que ele provavelmente estava ciente das irregularidades.
Winterkorn renunciou ao cargo de CEO poucos dias após o escândalo ser divulgado publicamente. O empresário enfrentou investigações legais na Alemanha e nos Estados Unidos relacionadas ao Dieselgate, bem como múltiplas acusações criminais, incluindo fraude e violação das leis de proteção ambiental.
O caso Dieselgate refere-se a um escândalo que envolveu a Volkswagen e outras construtoras de automóveis alemãs em 2015. Foi descoberto que a VW havia manipulado os resultados dos testes de emissões de poluentes em veículos a diesel, utilizando um software ilegal nos carros para enganar os reguladores sobre os níveis reais de emissões de poluentes.
O escândalo teve enormes repercussões para a VW e para a indústria automóvel como um todo. A VW enfrentou multas pesadas, perda de confiança dos consumidores e queda do preço das ações.
Para alem disso, foram demitidos vários executivos ou enfrentaram ações legais, e a indústria automóvel está sob um escrutínio cada vez maior em relação às emissões e à conformidade regulatória.