Mercado de carros usados: procura nacional mantém-se em baixa. Saiba quais os modelos mais procurados pelos portugueses

Janeiro representou um aumento da oferta de carros usados (12%), o que consubstanciou a recuperação que se tem observado no mercado automóvel, destacou esta quarta-feira o 'Standvirtual'

Mercado de carros usados: procura nacional mantém-se em baixa. Saiba quais os modelos mais procurados pelos portugueses

Janeiro representou um aumento da oferta de carros usados (12%), o que consubstanciou a recuperação que se tem observado no mercado automóvel, destacou esta quarta-feira o ‘Standvirtual’: verificou-se uma diminuição da importação de 5,4% face ao período homólogo de 2023, consequência da crescente oferta de veículos no mercado.

E o que ditou o primeiro mês de 2024 no mercado de carros usados?

– 2024 começou com a oferta acima de janeiro de 2023 (12%), no entanto a procura diminui 6% em relação ao período homólogo. Isto leva a uma dinâmica de mercado negativa no mês de janeiro (18%) face ao mesmo período de 2023, uma vez que a oferta mantém-se acima da procura.

– a oferta subiu sobretudo em carros acima dos 30.000€ (24%), mas também entre 15.000 a 30.000 (10%) e abaixo de 15.000€ (6%). Já a procura cresceu apenas nos carros com valores acima dos 30.000€ (9%) e entre 15.000 a 30.000 (7%).

– a transferência de propriedade de ligeiros de passageiros teve um decréscimo de 5% em dezembro de 2023, face ao mês homólogo de 2022. Registou ainda um decréscimo de 16% em comparação com dezembro de 2019. Com os dados anuais completos, verifica-se que dezembro de 2023 foi o pior mês face ao mesmo período nos últimos 5 anos.

– no que diz respeito aos veículos importados (ligeiros de passageiros), existiu um decréscimo em janeiro face ao mesmo mês de 2023 (5,4%), após observar-se uma tendência de estabilização ao longo de 2023. Por outro lado, em comparativamente com o mês de janeiro de 2019 verifica-se um crescimento de 26,6%.

– O preço médio praticado pelos vendedores profissionais, que vinha a subir progressivamente, sobretudo desde maio/junho de 2023, apresentou uma ligeira diminuição, alcançando os 24.250€. Esta diminuição representou, ainda assim, um aumento de cerca de 3,2% do preço face a janeiro de 2023, quando o valor médio se fixava em 23.500€.

– Apesar do aumento do preço médio pela maior oferta de carros mais caros, os preços individuais têm vindo a estabilizar nos meses anteriores, como se verifica nos modelos mais representativos no ‘Standvirtual’, com 50 mil quilómetros e a diesel, como o Renault Megane Sport Tourer (21.200€), o Renault Clio (17.300€), o Nissan Qashqai (22.200€), e o Mercedes-Benz A180 (29.300€).

– De acordo com os dados fornecidos pela BCA, relativos aos leilões, os preços mantiveram-se estáveis no retalho em janeiro, face ao mês anterior. Contudo, diminuíram ligeiramente no comércio em relação a dezembro de 2023.

– Segundo dados da ACAP, em janeiro verificou-se um aumento de 7,9% no total do mercado automóvel (novos) face ao mesmo mês de 2023. As energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos GPL) representaram cerca de 53% do mercado total de ligeiros em janeiro de 2024 e 48% em janeiro de 2023.

“Neste primeiro meio ano da marca tivemos a criar valor para a mesma, houve muita divulgação com ações na imprensa e influenciadores. O nosso nome foi muito falado neste período, no entanto existem ainda muitas pessoas que não conhecem a marca por se tratar de uma novidade no mercado”, sublinhou André Esteves, diretor-geral da Triauto.

“Isto é algo completamente normal porque o cliente final demora sempre algum tempo a ter uma perceção destas atualizações no mercado. Posso dizer que tem sido uma agradável surpresa pois no início nunca sabemos como vai correr, mas a MG é uma marca muito reconhecida e essa é a nossa grande mais-valia, os consumidores sentem assim que não estão a comprar algo desconhecido”, frisou.

“Enquanto vendedores temos de nos questionar, muitas vezes, o que é que leva os nossos clientes a comprar um determinado produto, ou seja, será que é apenas a satisfação das necessidades básicas e nesse sentido, têm em conta só o preço de um carro. Esta é uma visão demasiado pequena, uma vez que os consumidores pensam atualmente em questões como a notoriedade de uma marca, a segurança que o veículo transmite, entre outras características, quando querem adquirir um automóvel. Portanto, estão disponíveis a pagar um pouco mais por algo que realmente ofereça mais, principalmente no mercado dos usados”, referiu Nuno Carvalho, CFO da Brincar Automóveis.