A Apple decidiu encerrar um capítulo da sua história que nunca foi totalmente aberto. A criadora do iPhone anunciou que vai abandonar os projetos para lançar um carro elétrico da marca, 10 anos e com muito dinheiro investido depois.
Conhecido também como Projeto Titan, os esforços da marca americana para desenvolver um carro elétrico remontam há mais de uma década – a primeira cobertura mediática começou por volta de 2015, quando a Apple contratou centenas de funcionários para construir protótipos e desenvolver um veículo estilo minivan.
No entanto, os sucessivos atrasos fizeram com que este carro nunca se fizesse à estrada, levando a uma decisão de encerrar definitivamente o projeto.
— Elon Musk (@elonmusk) February 27, 2024
Agora, a empresa dedicará recursos à tecnologia estrela, a Inteligência Artificial generativa, um campo em que até agora a Apple manteve um silêncio significativo se for comparado com os movimentos da concorrência e outras gigantes tecnológicas que fizeram apostas significativas nesse sentido.
“A Apple fez o anúncio internamente esta terça-feira, que apanhou de surpresa os 2.000 funcionários que trabalham no projeto”, disseram fontes próximas à ‘Bloomberg’, que permanecem anónimas devido à natureza privada do documento.
O diretor de operações da Apple, Jeff Williams, e Kevin Lynch, vice-presidente responsável pelo projeto, explicam no comunicado que o trabalho será interrompido gradualmente e que “muitos dos funcionários que trabalham no carro” serão encaminhados para a unidade de Inteligência Artificial da Apple, divisão chefiada pelo executivo John Giannandrea.
O projeto de um carro da Apple começou a ganhar corpo em 2014 com a contratação de engenheiros da Tesla. A Apple estimou que o veículo teria um preço em torno de 100 mil dólares, mas, mesmo assim, os executivos da empresa estavam preocupados com a possibilidade de o carro não conseguir oferecer margens de lucro atrativas.
O mercado de veículos elétricos ainda está a crescer, embora a maioria dos grandes fabricantes espere que o crescimento de dois dígitos diminua: os preços das baterias permanecem teimosamente elevados e os compradores terão menos opções acessíveis em 2024, à medida que os fabricantes de automóveis aumentam os preços na esperança de finalmente obter lucro.