É possível um carro acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de um segundo, conforme prometeu o CEO da Tesla, Elon Musk?
Em teoria, “sim”, indicou Mate Rimac, CEO da Bugatti-Rimac, marca responsável por alguns dos modelos mais velozes do mundo. Recorda-se do recorde do Guinness batido… em marcha-atrás?
“É possível com propulsores”, apontou, na rede social ‘Facebook’, o responsável da Rimac, garantindo: “Fizemos a simulação.”
No entanto, há um mas…
“O problema é que se liberta o ar em dois/três segundos e então carrega-se muito ‘peso morto’ (depósito, compressor, válvulas, etc)”, precisou o especialista. “O mesmo acontece com os ventiladores – eles apenas oferecem mais aderência, mas é preciso algo em redor de 30.000 Nm nas rodas para acelerar abaixo do um segundo até aos 100 km/h – para isso são precisos motores enormes, inversores, caixas de velocidades, eixos de transmissão, etc.”
Mas para ultrapassar esta barreira, o carro deve ser “superleve”, o que normalmente não é padrão dos carros elétricos: até o hipercarro Rimac Nevera – que atinge os 100 km/h em menos de 2 segundos – pesa mais de 2,15 toneladas. Na construção é usada fibra de carbono (a monocoque pesa apenas 200 kg), kevlar, além de metais leves, para permitir que o carro seja tão leve e rígido quanto possível — os 700 kg da bateria não permitiram baixar desta marca.
“Portanto, os propulsores são realmente o único caminho a percorrer”, garantiu. “Mas eles também trazem muitas desvantagens.”