Termina esta sexta-feira o prazo de seis meses que a Finlândia tinha dado para que os veículos com matrícula russa deixassem a União Europeia (UE).
Todos os proprietários de automóveis com matrícula russa na Finlândia, com algumas exceções, terão de retirar os veículos do país nórdico até sábado.
Apenas os estudantes a tempo inteiro e as pessoas que trabalham na Finlândia com um contrato de trabalho temporário e que residem fora da UE poderão continuar a utilizar legalmente os veículos durante algum tempo.
“A partir do próximo sábado, os condutores de veículos com matrículas russas terão de manter no veículo os documentos comprovativos do direito de utilizar o automóvel na Finlândia”, declarou o diretor do controlo aduaneiro, Sami Rakshit.
Os documentos terão de ser mostrados “às autoridades sempre que estas os solicitem”, acrescentou num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Quem não tiver os documentos relevantes corre o risco de ver o automóvel apreendido pelas autoridades, de lhe serem cobrados direitos aduaneiros e IVA ou mesmo de o veículo ser retirado do território da UE.
Em 15 de setembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês proibiu a entrada no país de veículos de passageiros, autocaravanas e veículos para o transporte de até 10 pessoas com matrícula russa.
A proibição foi decretada na sequência de instruções da Comissão Europeia sobre as sanções contra Moscovo devido à invasão russa da Ucrânia.
Na altura, cerca de 5.000 automóveis atravessavam semanalmente a fronteira comum, apesar das restrições impostas por Helsínquia para proibir a entrada de turistas russos.
A fronteira da Finlândia com a Rússia, com 1.340 quilómetros, é mais longa da UE.
A UE proibiu a importação de automóveis da Rússia para a Europa em 2022, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, ordenada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro desse ano.
A medida foi posteriormente alargada para proibir a entrada de automóveis com matrícula russa na UE.
A proibição foi incluída no décimo segundo pacote de sanções europeias contra Moscovo, que entrou em vigor em 19 de dezembro de 2023.