Prepara-se para fazer uma viagem nesta Páscoa?
Não se esqueça, há pequenas operações que pode fazer no seu carro antes de partir de férias e enfrentar uma viagem com mais garantias de segurança. E quais são elas? Tome nota:
Medir a pressão dos pneus quando estiver uma temperatura de 20 graus
Ajustar a pressão dos pneus – e em qualquer carro, grande ou pequeno, as pressões devem ser diferentes ao encher a traseira do veículo com pessoas e malas. Quanto mais peso suportarem as rodas naquele eixo, mais pressão devem ter. E não precisa de inventar, porque no seu carro – na moldura da porta, na tampa do depósito ou no manual do utilizador – tem as pressões recomendadas.
Estes valores são dados com os pneus perto dos 20 graus: portanto, se estiver muito frio ou calor, a leitura vai mudar. Não se preocupa, porque é 0,1 bar por cada 10 graus a mais de calor. Se ainda tiver um carro de cinco rodas – com o suplente – não se esqueça de ver a pressão, que convém ter mais pressão do que o recomendado para carga máxima, só para garantir.
Ao medir a pressão dos pneus, aproveite para ver o estado dos mesmos – não é a primeira Páscoa que chove e podemos surpreender-nos que, devido ao desgaste, os canais de evacuação de água dos pneus já tenham começado a desaparecer. Quanto maior o desgaste, maior o risco de aquaplanagem face a carros que viajam à mesma velocidade.
É muito importante aumentar a pressão traseira quando estiver carregado, pois irá sentir que nas curvas o carro parece pesar menos, que consegue traçá-las com maior precisão e menos inércia, lembrou a publicação espanhola ‘El Economista’. Com baixas pressões ele não escorrega por trás, mas dá uma má sensação de condução – se quiser fazer a experiência, e se se tiver esquecido de encher as rodas traseiras, pare durante a viagem e aumente a pressão: vai sentir a mudança, com o carro a saltar menos e a obedecer melhor ao volante.
Quando regressar de férias, não se esqueça de baixar novamente a pressão, uma vez que certamente não anda todos os dias com o porta-malas e bancos traseiros cheios no dia a dia.
Limpar os para-brisas
É frustrante perceber, se começar a chover e ainda mais houver poeira em suspensão, que vai ficar com o vidro num estado lastimável: por isso, verifique os níveis – dos travões, líquido refrigerante e óleo -, um processo simples: além do mais, substituir o nível da água do para-brisas é simples e acessível.
Se as escovas não estiverem bem, lave-as com água e detergente – se quiser evitar os riscos após a passagem do para-brisar, é aconselhável limpá-las com um pano antes de iniciar a viagem. Não ficam como novos, mas melhoram muito a limpeza. É recomendável que coloque vaselina ou silicone para preservar a borracha, mas primeiro deve ser limpar. Se o fizer, e mesmo assim ficar tudo igual, considere a hipótese de trocar de borrachas.
O para-brisa não é translúcido
Nunca encontramos o tempo para limpar a coisa ‘mais complicada’ de um carro: o para-brisa por dentro, porque é muito incómodo. Nele serão depositadas as substâncias mais voláteis dos plásticos com os quais é fabricado o painel, onde ficam por exemplo os hidrocarbonetos. É difícil ter acesso a toda a superfície do para-brisa, mas é muito pior ter o sol a brilhar e ver mal a estrada.
Não exagere com o óleo
Dissemos para verificar o nível do óleo, a força vital do motor: se falhar, tudo falha. Verificá-lo também não é complicado (é uma das poucas coisas que ainda são fáceis e acessíveis num motor) e também não é necessário enchê-lo até ao máximo. Se o deixar a meio, é perfeitamente normal que ainda lá esteja quando regressar da viagem. No entanto, se estiver no mínimo, faça ‘um esforço’: entre o mínimo e máximo, costuma estar um litro de óleo.
Não entramos no ajuste dos faróis, tão importante para a visibilidade, pois, embora seja uma tarefa relativamente simples, também é fácil fazê-la muito mal e passar a viagem a ‘encadear’ os outros condutores.
Equilíbrio das rodas, eternamente esquecido
O normal é que, ao voltar de uma viagem longa, em estradas e sem engarrafamentos, sinta que o carro está melhor, mais solto. Os sistemas de limpeza, como o filtro de partículas, terão atingido as temperaturas adequadas de forma sustentada e terão tido tempo para funcionar conforme são supostos. Os pneus terão também um desgaste mais uniforme.
No entanto, se conduzir normalmente apenas na cidade e em baixas velocidades, notará depois na estrada, quando estiver entre 100 e 120 km/h, que surgem vibrações no volante – um claro aviso de que, antes do início da viagem que espera fazer no verão, pense em equilibrar a direção.