A administração da Autoeuropa prometeu dar esta semana uma resposta ao pedido de novas negociações para melhorar o pré-acordo laboral rejeitado pelos trabalhadores no referendo realizado em 03 de abril.
“A Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa reuniu hoje com a Direção de Recursos Humanos e exigiu que, tendo em conta o resultado do referendo, a empresa voltasse à mesa negocial, de forma a melhorar o pré-acordo que foi rejeitado pelos trabalhadores”, lê-se num comunicado divulgado na passada sexta-feira pela Comissão de Trabalhadores da fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela, no distrito de Setúbal.
“A empresa remeteu para a próxima semana uma resposta relativamente ao tema”, acrescenta o comunicado, assegurando que a Comissão de Trabalhadores defende a paz social na empresa, mas que irá convocar “plenários para ouvir os trabalhadores” se não houver uma resposta da empresa até à próxima sexta-feira.
No passado dia 03 de abril, os trabalhadores da Autoeuropa rejeitaram um acordo laboral válido por três anos, que garantia aumentos salariais de 6,8% em 2024, e de 2,6%, ou 0,6% acima da inflação, em 2025 e 2026, com 57,7% de votos contra.
O pré-acordo laboral que tinha sido alcançado nas negociações entre a Comissão de Trabalhadores e a administração da fábrica de automóveis da Volkswagen/Autoeuropa, além dos aumentos percentuais previstos no salário base, no subsídio de turno e no trabalho ao fim de semana, assegurava também um prémio de objetivos anual, que poderia proporcionar, em média, mais de 2.500 euros a cada trabalhador, e um prémio pelo lançamento do novo modelo híbrido T-Roc, que será produzido a partir do próximo ano de 2025 na fábrica de Palmela.
A Volkswagen Autoeuropa, um dos maiores exportadores nacionais, produziu no ano passado um total de 220.100 automóveis T-Roc, único modelo em produção na fábrica de Palmela.