Sabe o que significam os símbolos de algumas das principais marcas automóveis do mundo?

Abarth, Fiat, Toyota, Renault, Lamborghini e, claro, os míticos Ferrari e Porsche: saiba como chegaram os dias de hoje

Sabe o que significam os símbolos de algumas das principais marcas automóveis do mundo?

Quer saber o que significam os símbolos de algumas das principais marcas automóveis do mundo?

Carlo Abarth, o fundador da famosa marca italiana de carros desportivos, nasceu sob o signo de escorpião. Inicialmente pretendeu criar um logótipo difícil de copiar, mas acabou por conceber apenas a imagem do escorpião em fundo branco. O desenho do escudo simboliza paixão e vitória, já o amarelo e vermelho eram as cores típicas em competição – a bandeira italiana foi integrada quando o grupo Fiat comprou a Abarth.

Apesar de ser italiana, a Alfa Romeo foi fundada por um francês, Alexandre Darracq, que criou a ‘Società Anonima Italiana Darracq’ (SAID), em Milão, que se tornou, em 1910, a ‘Anonima Lombarda Fabbrica Automobili’ (ALFA). O logo da Alfa Romeo apresenta o símbolo de Milão, a cruz vermelha e uma serpente com um homem que emerge da boca do animal. Esta imagem da serpente surge do símbolo de um escudo de um homem do deserto sírio, derrotado pelo milanês Visconti que terá adotado o símbolo do adversário. A Casa Visconti liderou a cidade durante vários séculos. A interpretação que a marca faz desta imagem é a regeneração e purificação do homem ao sair da boca do réptil.

Ilustre desconhecido de muitos, mas um nome na ponta da língua para os amantes de carros BMW personalizados. O estatuto de construtor dá à Alpina autoridade (e autorização da BMW) para modificar os carros da Bayerische Motoren Werke (BMW) e alterar-lhe a designação. A marca foi fundada em 1965 e o símbolo é constituído por um duplo carburador Weber e uma cambota.

O símbolo da marca Aston Martin tem umas asas como fundo, que representam a liberdade. Resultam da junção do nome de um dos fundadores, Lionel Martin (Robert Bamford era o outro membro) que venceu uma corrida em Aston Hill Climb, em Buckinghamshire, Inglaterra.

As quatro argolas unidas são um dos símbolos mais reconhecidos internacionalmente e resultam da fusão entre quatro construtores de automóveis alemães (Audi, Horch, DKW e Wanderer), em 1932, que viria a tornar-se a famosa ‘Auto Union’, e mais tarde Audi. Em latim, Audi significa “ouvir”.

As asas da Bentley remetem para os tempos da Primeira Grande Guerra, altura em que a marca nasceu para construir motores para aviões.

Quem não conhece o símbolo da BMW? Durante muito tempo, o azul significou o céu e o branco as hélices de um avião, uma interpretação romântica e passada com sucesso. A forma redonda vem do tempo da fábrica construtora de motores de aviões Rapp Motoren Werke, cujo fundador foi Karl Rapp. Mais tarde, a designação passou a Bayerische Motoren Werke (em tradução livre, Fábrica Bávara de Motores).

O símbolo da Bugatti juntou as iniciais do nome do fundador da marca, Ettore Bugatti. A letra E está ‘espelhada’ para a letra B.

Aos 22 anos, André Citroën fez uma viagem à Polónia onde viu umas rodas dentadas com estrutura em V e comprou a patente das mesmas para usar no fabrico de peças. A forma como está disposto o logo remete para as suspensões Citroën, símbolo de conforto.

Provavelmente, o símbolo mais conhecido do mundo automóvel. O ‘Cavallino rampante’ tem um fundo amarelo, que simboliza a cor de Modena, sede da marca. O cavalo poderia remeter para a potência dos motores, mas não: de acordo com os registos, Enzo Ferrari recebeu o conselho da mãe de Francesco Baracca, um reconhecido herói italiano e piloto de aviões na I Guerra Mundial. A condessa Baracca terá sugerido ao engenheiro italiano usar o cavalo, figura pintada no avião do filho, e que lhe daria sorte, que se começou a usar em 1932. As iniciais SF significam ‘Scuderia Ferrari’.

A ‘Fabbrica Italiana Automobili Torino’ está especificada no logo simples da Fiat, que passou por grandes mudanças ao longo do tempo, mas mantém a sua génese.

O centro do logótipo da Ford mantém a caligrafia do fundador da marca, Henry Ford, e a simplicidade do logótipo tem-se mantido praticamente desde os tempos iniciais.

Com uma filosofia distinta, o logótipo da Hyundai é um exercício de estilo a simbolizar a confiança e respeito entre marca e clientes, com um aperto de mãos como centro.

A marca britânica adotou uma figura para não ser conotada com os ideais nazis: a marca nasceu como ‘Swallow Sidecar’, cuja abreviatura era ‘SS’.

Ferruccio Lamborghini ficou impressionado com a raça de touros Miura, que viu em Sevilha, e adotou o touro como símbolo de força e bravura, conceitos associados aos supercarros da marca italiana.

O deus Neptuno está na Piazza Maggiore, em Bolonha, sede da Maserati. E também está nos exclusivos carros italianos, com o tridente a simbolizar o poder sobre os mares.

O logo da Mazda representa sabedoria, com a história desta representação gráfica a remeter para Ahura-Mazda, um sábio zoroastrista. O M, que se vê ao centro do logótipo, simboliza asas de liberdade, ideal ligado à espiritualidade.

O domínio sobre terra, mar e ar é a mensagem que habitualmente passa como interpretação da estrela da Mercedes-Benz. Mas há outra história: a estrela de três pontas terá sido encontrada num papel em que Benz fez um rascunho de uma casa com uma estrela por cima, que simbolizava a prosperidade ambicionada por Benz para a família. O papel foi encontrado entre objetos pessoais de Karl Benz após a sua morte.

O camião construído pela Opel durante a II guerra Mundial chamou-se Blitz, palavra que, em alemão, significa ‘relâmpago’. O conceito original do relâmpago ficou até aos dias de hoje.

Armand Peugeot foi o fundador dos automóveis Peugeot e deu continuidade ao logótipo que já existia na família. Fabricantes de aço e lâminas, o leão foi escolhido para simbolizar a robustez, flexibilidade e os dentes dos materiais que os Peugeot produziam.

Outro dos símbolos de marcas que dispensa apresentações: o logo da Porsche inclui um escudo com quatro partes, em que duas são douradas e com símbolos de veado e outras duas com listas pretas e vermelhas. Esta configuração alude ao brazão do Estado Livre de Wurttemberg, cuja capital era Estugarda, cidade onde a marca está sediada. Outro brazão, integrado no logo da Porsche, é o próprio brazão de Estugarda, cuja imagem é um cavalo.

O símbolo da marca francesa evoluiu bastante desde os tempos em que era medalhão com letras, outro com um carro ao centro e outro com um tanque de guerra, tendo passado por diversos períodos em que ostentava o nome. O diamante da Renault surgiu, pela primeira vez, em 1924. Hoje é bem mais simples, moderno e sofisticado, conceitos que estão associados aos contornos e acabamento em cinzento.

O interior do símbolo da marca Toyota representa a união entre o cliente e o produto. Esteticamente, todo o logótipo integra conceitos como união e harmonia, incluindo a parte exterior do símbolo, que une todas as partes.

Conhecida como o ‘carro do povo’, com o V e o W um sobre o outro. V de volks (povo) e W de wagen (carro) é a interpretação mais comum do símbolo da marca alemã.

O símbolo da Volvo está relacionado com a solidez, segurança e força. A circunferência com a seta representa o símbolo do ferro, remetendo para a construção e durabilidade dos produtos Volvo. Por outro lado, a inspiração no fogo, na batalha e na ação pode ser associada a Marte, deus da guerra. Curiosamente, a marca recuperou nos últimos anos outro símbolo mitológico para as óticas dianteiras: o martelo de Thor.