As vendas de automóveis novos na União Europeia registaram em março a primeira queda de 2024 (-5,2%), devido ao impacto negativo das férias da Páscoa, com valores negativos nos quatro maiores mercados, foi hoje anunciado.
As férias da Páscoa afetaram “negativamente” as vendas no mês passado na maioria dos mercados da União Europeia, incluindo os quatro maiores: Alemanha (-6,2%), Espanha (-4,7%), Itália (-3,7%) e França (-1,5%), afirmou hoje a Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) em comunicado.
No entanto, os números do primeiro trimestre mantiveram-se fortes, com um aumento das vendas de 4,4% para quase 2,8 milhões de unidades.
Este aumento trimestral refletiu-se nos quatro principais mercados de automóveis da UE, com a Itália e a França a registarem um aumento de 5,7% cada, seguidas da Alemanha (+4,2%) e de Espanha (+3,1%).
Por fonte de energia, as vendas de automóveis novos sofreram ajustamentos em março.
Os carros elétricos a bateria caíram para uma quota de 13%, quase um ponto menos do que no mesmo período do ano passado (13,9%), refletindo o abrandamento geral do mercado, de acordo com a ACEA.
Mesmo assim, os números do primeiro trimestre de 2024 continuam a ser positivos, com um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
As vendas de automóveis híbridos-elétricos foram particularmente fortes em março, alcançando um aumento de 12,6% nas matrículas, apesar da recessão geral do mercado. Este segmento ocupou 29% do mercado, em comparação com 24,4% em março de 2023.
Por outro lado, os registos de híbridos ‘plug-in’ caíram 6,5% no mês passado, o que equivale a 7,1% do mercado automóvel total.
Os automóveis a gasolina e a gasóleo, em conjunto, captaram menos de metade do mercado (47,8%, contra 51,8%) em março, suportando assim o peso da recessão geral do mercado, segundo a ACEA.
As vendas de veículos a gasolina diminuíram 10,2% em março, fazendo descer a sua quota de mercado de 37,4% para 35,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O declínio no mercado dos veículos a gasóleo foi ainda mais grave, com uma queda de 18,5% em março, com quedas substanciais em França (-32,1%), Espanha (-38%) e Itália (-27,6%), representando uma quota de mercado de 12,4%, contra 14,4% no ano passado.