A segunda geração do S-Cross apresenta algumas novidades, principalmente estéticas, que importa destacar. Continua a manter o motor 1.4 l com 129 cv a que se junta um motor elétrico com 13,6cv e uma caixa de 6 velocidades manual.
A Suzuki dispõe de três versões distintas com o S Cross – S1, S2 e S3. A versão para ensaio era um S3 4WD, ou seja com tração às quatro rodas e o sistema mild hybrid!
Em termos estéticos, este Suzuki é, em tudo similar ao Vitara sendo que, este modelo se situa no segmento acima; muito embora tenha mantido as mesmas medidas que o primeiro S-Cross. Visualmente, foram feitas alterações na assinatura luminosa dianteira e traseira tornando-as mais atuais e “dinâmicas“ .Uma nota também para os pára-choques, mais encorpados nesta nova geração e, para o contraste sempre existente entre a grelha negra e a cor da carroçaria, mas também nos plásticos que envolvem as cavas das rodas.
A altura ao solo faz-nos recordar que esta é uma viatura que podemos usar fora de estrada e, aquando de um passeio offroad que fiz com a Suzuki, percebi o quão bom é este sistema de tração integral, onde consegui chegar com uma viatura deste género e, com custos tão baixos para um quase TT, a zonas próprias de um TT.
O interior do S-Cross possui ainda muitos plásticos rijos, mas a qualidade construção e dos materiais é boa. Percebe-se que muitas das funcionalidades promovem a usabilidade, como pode ser o ecrã central numa posição sobre-elevada junto ao nosso campo visual ou, o prático sistema para bloquear o diferencial ou, mudar o sistema para pisos mais escorregadio ou de neve.
A posição de condução é correta, mas mesmo assim é alta. Em termos dinâmicos o SUV da Suzuki é muito prático e fácil de conduzir. Já experienciei ambas as versões, com caixa manual e automática e, pessoalmente, prefiro a última, mais pela comodidade, sendo que a primeira é precisa e de fácil utilização.
Ao longo do ensaio deu para compreender que o motor cumpre eficazmente o objetivo para o qual foi construído, possuindo o binário e rapidez necessário para nos transportar em qualquer viagem, com a vantagem dos consumos muito controlados, na ordem dos 6.3 l .
Não é normal um SUV deste segmento ter tração às quatro rodas, ainda por cima por um valor de €30.000 com equipamento recheado, onde não faltam bancos parcialmente forrados a pele sintética, bem como, na zona frontal do tablier, além do teto de abrir a toda a extensão do tejadilho – um sistema muito bem conseguido – que traz uma luminosidade muito interessante ao habitáculo.
O “casamento“ entre o motor, muito dinâmico, uma caixa de velocidades bem escalonada, o sistema de tração às quatro rodas e a experiência da Suzuki na construção de bons automóvel permitem que o S-Cross seja um automóvel prático, competente e eficaz de conduzir, com um comportamento muito agradável, ainda por cima, com tração total que permite levar o Suzuki para outro nível e terrenos – o fora de estrada – onde a competência do mesmo permite enfrentar terrenos muito complicados.