O conflito na Ucrânia tem tido reflexos na indústria automóvel: que o diga a Volkswagen, que foi processada por um ex-sócio russo que se viu a “perder lucros” – um tribunal russo condenou de forma veemente a marca alemã.
Os fabricantes russos não desistem e continuam a perseguir as marcas automóveis europeias que abandonaram abruptamente a Rússia após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
É o caso do Grupo GAZ, que assinou em 2017 um acordo de colaboração alargado com a Volkswagen para produzir veículos da marca alemã na fábrica de Nizhni Novgorod — no entanto, a saída precipitada da Volkswagen em 2023 e a venda das suas atividades na Rússia a um preço visivelmente muito baixo colocaram o Grupo GAZ em dificuldades.
Além da produção da Volkswagen e da Skoda, o Grupo GAZ beneficiaria do fornecimento de motores diesel 2.0 TDI para os seus próprios veículos. No entanto, a saída da Volkswagen levou a fabricante russa a processá-la por “lucros cessantes”.
O tribunal deu o seu primeiro veredicto ao confirmar a culpa da Volkswagen, condenada a pagar 193 milhões de dólares (cerca de 178 milhões de euros) ao seu antigo parceiro russo. Esta é a segunda vez que a Volkswagen é processada na Rússia pela GAZ. Por enquanto, a Volkswagen não se pronunciou sobre o caso e ainda tem possibilidade de recorrer.
Por último, vale a pena lembrar que a Volkswagen não é a única fabricante que abandonou todas as suas operações na Rússia: a Renault e a Stellantis, que se centravam sobretudo nos veículos utilitários, abandonaram este mercado.