Em 2023, segundo dados da associação comercial espanhola GANVAM, foram vendidos dois milhões de carros usados – uma compra que, segundo o jornal espanhol ‘El País’, envolve certos riscos, em particular o não saber se o carro sofreu algum acidente. No entanto, há formas de contornar esse risco. Tem a palavra um mecânico, que revela o que deve procurar saber.
De acordo com a base de dados Carfax, fornecedora de histórico automóvel em Espanha e na Europa, a idade média dos veículos usados vendidos em 2023 é de 11,6 anos. Na faixa de até 15 anos, aumenta o número de riscos detetados, como, por exemplo, ter sofrido danos ou acidentes anteriormente.
No vídeo (que pode consultar aqui), gravado por um mecânico da ‘Needcarhelp’, o carro em questão é um Audi RS 3, é explicado que o veículo em questão sofreu um acidente e o vendedor omitiu esse ‘pormenor’: então, para onde olhar? Com detalhe, para o capô do carro.
A razão? “A parte dianteira dos carros é a mais importante, a mais cara e onde podemos obter mais informações”, refere o mecânico, explicando que quando um veículo sofre “qualquer tipo de acidente” a primeira coisa que se faz é “desmontar as partes externas”.
Ou o que dá no mesmo: a ‘chapa’, o capô e as portas. São elementos imóveis, portanto se forem observados indícios de que foram manipulados “é um aviso para se investigar mais a fundo”. Onde? Nos parafusos, na espessura da tinta da peças e na data que surge gravada e revela o fabrico das peças.
Útil também para a investigação é um medidor de espessura da tinta na carroceria: quando o valor é alto, é indicativo que pode ter ocorrido algum incidente. Acontece também quando deteta massa: neste caso, pode nem dar marca. Claro que há exemplos de que a espessura se possa dever a uma repintura por motivos estéticos ou devido a um simples arranhão: o medidor de espessura, por si só, não descarta a existência de um acidente.