Mobilidade elétrica não tira férias: EV ligeiros de passageiros atingem 39% de quota em julho. Conheça as marcas preferidas dos portugueses

No mês de julho, em Portugal, os veículos 100% elétricos mostram um crescimento de 15,2% em relação ao mês homólogo. De acordo com a UVE - Associação de Utilizadores de Veículos Elétrico -, os veículos 100% elétricos e híbridos plug-in ligeiros de passageiros atingem a quota de mercado mais alta do ano de 2024: 39%

Mobilidade elétrica não tira férias: EV ligeiros de passageiros atingem 39% de quota em julho. Conheça as marcas preferidas dos portugueses

No mês de julho, em Portugal, os veículos 100% elétricos mostram um crescimento de 15,2% em relação ao mês homólogo. De acordo com a UVE – Associação de Utilizadores de Veículos Elétrico -, os veículos 100% elétricos e híbridos plug-in ligeiros de passageiros atingem a quota de mercado mais alta do ano de 2024: 39%.

Considerando todas as categorias de veículos, em julho, a quota de mercado de veículos elétricos foi de 25,6% (15,45% de veículos 100% elétrico e 10,15% de veículos híbridos plug-in) o que demonstra que não são somente veículos elétricos ligeiros de passageiros que continuam a entrar no parque circulante, mas todo um leque de categorias de veículos que contribuem favoravelmente para a diminuição das emissões de gases de efeito de estufa e ruído em zonas urbanas.

Em julho de 2024 foram matriculados em Portugal 8.106 veículos elétricos, dos quais 4.944 são 100% elétricos (BEV – Battery Electric Vehicle) e 3.162 são híbridos plug-in (PHEV – Plug-In Hybrid Electric Vehicle), considerando veículos novos e importados usados, em todas as categorias. Os veículos importados usados atingiram um novo recorde mensal com 2.153 veículos matriculados num só mês, dos quais 1.351 são 100% elétricos e 802 são híbridos plug-in.

Quanto à quota de mercado, em julho, os veículos elétricos ligeiros de passageiros (considerando os veículos BEV e PHEV novos) ultrapassaram novamente as restantes motorizações, com 39,02% de quota de mercado, o valor mais alto de 2024, face a 26,91% dos veículos a gasolina, 18,86% dos veículos híbridos (HEV), 9,73% dos veículos a gasóleo e 5,77% dos veículos híbridos não elétricos.

Relativamente às marcas mais vendidas, nos veículos 100% elétricos ligeiros de passageiros, a Tesla mantém a liderança, seguida da Peugeot, a BMW, a Volvo e a BYD. No acumulado desde o início do ano, a Tesla destaca-se com 6.021 veículos 100% elétricos ligeiros de passageiros vendidos, seguida da BMW com 2.205, a Volvo com 1.849, a Peugeot 1.498 e a Mercedes-Benz com 1.455. No acumulado anual de ambas as motorizações elétricas (BEV e PHEV), a Tesla e a Mercedes-Benz chegam a um empate de vendas, com 6.021 veículos matriculados, seguidas da BMW com 4.491, a Volvo com 3.465, a Peugeot com 2.575 e a Audi com 1.831.

Para além da clara consolidação do mercado de veículos elétricos em Portugal, a Eurostat publicou, no dia 2 de agosto de 2024, informações sobre o crescimento do parque automóvel na Europa, onde constatou que, entre 2022 e 2023, o parque de automóveis 100% elétricos ligeiros de passageiros cresceu 48,5%, atingindo os 4,5 milhões de veículos do parque circulante na Europa.

Em 31 de dezembro de 2023, o parque de automóveis de passageiros 100% elétricos representavam 1,7% de todos os veículos na UE. Entre os Estados-membros, a Dinamarca, com 7,1%. Suécia 5,9%, o Luxemburgo 5,1% e os Países Baixos 5,0% apresentavam as quotas mais altas.

Em sentido contrário, 14 países da UE registaram quotas inferiores a 1%, sendo as mais baixas registadas em Chipre, na Grécia e na Polónia, cada um com 0,2%. Em Portugal, a quota de automóveis 100% elétricos subiu de 1,1% em 2022, para 1,8% em 2023, colocando o nosso país no 11.º lugar entre os Estados-membros.

Este crescimento exponencial de novos veículos 100% elétricos em circulação, terá de ser naturalmente acompanhado pela instalação de mais postos de carregamento, de fácil acesso a todos os utilizadores – algo que o AFIR impõe e que terá de ser cumprido em toda a Europa, por todos os operadores das redes de carregamento em espaço de acesso público.

Num momento em que as opiniões se dividem e em que a desinformação se propaga, a grande velocidade, sobre o que deve ou não deve ser implementado para facilitar o acesso ao carregamento de veículos elétricos, uma coisa é certa: a larga opção de escolha que é dada ao utilizador em Portugal é algo que terá de ser preservado.