Volkswagen planeia fechar fábricas na Alemanha para reduzir custos: decisão não tem precedentes nos 87 anos de história da marca automóvel

Segundo a publicação 'Bloomberg', a marca automóvel está igualmente a considerar 'testar' o seu acordo com os sindicatos para evitar cortes de empregos até 2029

Volkswagen planeia fechar fábricas na Alemanha para reduzir custos: decisão não tem precedentes nos 87 anos de história da marca automóvel

A Volkswagen AG está a considerar fechar fábricas na Alemanha e cortar empregos, uma decisão sem precedentes no mercado interna, como uma tentativa de cortar custos, algo que nunca fez na sua história.

Segundo a publicação ‘Bloomberg’, a marca automóvel está igualmente a considerar ‘testar’ o seu acordo com os sindicatos para evitar cortes de empregos até 2029.

Qualquer fecho seriam os primeiros na Alemanha nos 87 anos de história da empresa automóvel, o que poderia colocar a VW numa situação de conflito com sindicatos poderosos.

O CEO da VW, Oliver Blume, apontou, em comunicado, que o mercado “estava a ficar mais difícil”. “O ambiente económico tornou-se ainda mais complicado e estão a entrar novos participantes na Europa”, explicou, salientando que a “Alemanha, como local de negócios, está a ficar cada vez mais para trás em termos de competitividade”.

Daniela Cavallo, presidente do conselho que representa os trabalhadores da VW, já informou os funcionários que a VW está a considerar o fecho de fábricas na Alemanha e dispensa de trabalhadores. De acordo com o ‘Financial Times’, a responsável indicou que o CEO da marca automóvel “admitiu” esta segunda-feira que os economias planeadas não foram suficientes até ao momento. “Como resultado, o conselho executivo agora está agora a questionar as fábricas alemãs, os acordos salariais coletivos internos da VW e o programa de segurança de emprego em execução até ao final de 2029.”

A VW emprega cerca de 650 mil trabalhadores em todo o mundo, quase 300 mil dos quais na Alemanha. Metade dos assentos no conselho fiscal da empresa são ocupados por representantes trabalhistas, e o estado alemão da Baixa Saxónia – que possui uma participação de 20% – muitas vezes está do lado de organizações sindicais.

Os confrontos anteriores com sindicatos encerraram ou encurtaram os mandatos de altos executivos, incluindo o ex-CEO Bernd Pischetsrieder, o ex-chefe de marca da VW Wolfgang Bernhard e mais Herbert Diess, antecessor de Blume como CEO. Os três tentaram aumentar a eficiência, especialmente nas operações domésticas alemãs da VW.

Volkswagen is considering to close factories in Germany in a bid for deeper cutbacks 🇩🇪🚗

🚨 This would mark the first closures in Germany during the company’s 87-year history
💸 The company has struggled to cut costs amid a consumer spending slowdownhttps://t.co/qDJ9NcxUM3

— Stephen Stapczynski (@SStapczynski) September 2, 2024

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