Vai decorrer, esta segunda-feira, um dia de protesto convocado pelos sindicatos da Audi Bruxelas, com uma manifestação de trabalhadores da fábrica da marca alemã.
Recorde-se que a Audi informou, em julho último, que o encerramento da fábrica em Bruxelas, onde trabalham cerca de 3 mil trabalhadores – com a fabricante automóvel a sinalizar que 1.500 empregos poderão desaparecer já em outubro e mais de 1.100 em 2025. O restante deverá desaparecer no final do próximo ano -, não está descartado, devido à fraca procura pelo SUV elétrico Q8 e-tron ali fabricado. No passado dia 3, a Volkswagen anunciou que não será produzido nenhum novo modelo do grupo em Bruxelas nos próximos anos.
Os sindicatos já garantiram que pretendem levar a Audi Bruxelas a tribunal, à medida que as tensões entre a gigante automóvel alemã e os trabalhadores continuam a aquecer – os trabalhadores acusaram a administração de ter bloqueado as portas da fábrica e que foram impedidos de trabalhar, pelo que estão a tomar medidas legais.
A fábrica de Bruxelas enfrentou uma paragem da produção durante quase dois meses, depois de a empresa ter anunciado que estava a considerar terminar a produção da sua série de modelos Q8 e-tron na fábrica mais cedo do que o previsto. A Audi disse ainda que estaria a pensar em reestruturar o local.
A incerteza e a potencial perda de meios de subsistência já levaram a uma série de conflitos entre a administração da Audi e os trabalhadores da fábrica e os sindicatos – os protestos incluíram pneus incendiados (veja o vídeo aqui) em frente à fábrica da Audi em Bruxelas, bem como trabalhadores que assumiram o controlo de 200 chaves ligadas a veículos inacabados e acabados.
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