Num evento bem organizado, num antigo hangar de um aeroporto desativado, mas preservado e preparado para estes eventos. A Toyota escolheu-o, bem como o país, não somente por uma questão de logística – para trazer jornalistas de várias nacionalidades – mas pelo que este país representa em questões como sustentabilidade, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ecologia e política de utilização de viaturas elétricas.
A apresentação focou-se na apresentação da sua gama profissional – Proace, Proace City, Proace Max e Hilux – onde nos focamos mais nos modelos de passageiros.
Sob o lema ” Diversity in Motion” a marca fez uma viagem pelo seu passado, desde 1968 com o lançamento da Hilux, e da Hiace em 1969, até à parceria com a STELLANTIS, para a gama profissional dos modelos agora apresentados.
Em tudo semelhantes, cada marca redesenhou os seus produtos, e no particular da Toyota, essas alterações resultaram bem conseguidas, onde observamos modelos clean e “alegres”, muito atentos à filosofia Kansei (*) tão importante na Toyota, e que se materializa depois na prática.
Esta procura pela autenticidade estende-se ao interior bem desenhado e construído (materiais e construção), ainda que muitos dos plásticos sejam rijos. A ergonomia destas viaturas em nada difere de um “normal” modelo de passageiros, consubstanciando-se em muito espaço interior.
Se as versões de “trabalho” apresentavam soluções específicos (caixas de carga, basculantes, armários para ferramentas…), mas todos receberam as componentes de conforto e segurança dos modelos “tradicionais”, a que se adiciona a grande capacidade de carga. Mesmo questões como a ergonomia, usabilidade, nem sequer são tema de discussão, pois são modelos alinhados com as boas práticas atuais nestes domínios.
No caso da Proace Max esta conta com duas motorizações: diesel , 2.2l com 140cv e BEV com 272cv (e 420km autonomia !!!!). A Proace (com preços entre os 35 000 e os 70 000€) com capacidade até 9 passageiros com variante diesel de 120 e 140cv (motor 1.5 e 2.0 respetivamente) e as versões elétricas, com baterias de 50 e 75kwh. Por fim, a Proace City (com preços entre os 26 000 e os 46 000€) disponível com várias motorizações a gasolina, diesel e BEV com potências dos 100 aos 130cv, e na versão elétrica, com uma bateria de 50kwh.
Em todos os modelos, verificou-se também um aumento do equipamento de conforto e de segurança, com aumentos de preços que acompanham essas melhorias, mas, mesmo assim, muito competitivos!
Nos ensaios efetuados centrei as minhas atenções nos três modelos elétricos de passageiros para compreender como a eletrificação chegou a este setor profissional, e se a mesma me parecia viável! Dos três trajetos nos arredores de Amesterdão – o mais desafiante com a Proace Max devido às suas dimensões – mas que, pelo facto de contarem todos com muitas ajudas eletrónicas (por exemplo, os sensores de ângulo morto, as câmaras ao invés dos sensores), facilitam imenso a condição e eliminam em muito o risco de acidente!
Em todos os modelos, a palavra de ordem foi a facilidade de condução, conjugação entre conforto e comportamento! “Cai por terra” a ideia peregrina de viaturas de trabalho pouco ergonómicas, ruidosas e desconfortáveis! A elevação da qualidade percecionada e real desmitificam este setor, garantindo a quem os conduz estas viaturas, melhor qualidade de vida, produtividade, conforto e segurança.
(*) Uma filosofia de desenvolvimento de produtos adotada por algumas empresas japonesas, que foca a pesquisa e desenvolvimento nos aspetos humano, emocional e intangível dos produtos pois atualmente não existem grandes diferenças entre concorrentes donde o intuito é a capacidade de seduzir e de conquistar o coração do consumidor.