A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) propôs um novo projeto de tarifas para o setor dos táxis, que poderá significar o fim do pagamento por transporte de malas na bagageira e de animais, salientou esta segunda-feira o jornal ‘Público’.
O AMT, na proposta de regulamento de regras e princípios gerais tarifários, em consulta pública até 31 de outubro, defende “a eliminação dos suplementos atuais, com aplicação discricionária dos motoristas”, à exceção do suplemento de reserva/chamada (com um custo de 80 cêntimos) – atualmente, os táxis cobram 1,6 euros pelo transporte de animais domésticos e bagagens.
O suplemento da chamada é mantido, sem prejuízo “de desenvolvimento de estudos que permitam ponderar a sua manutenção ou fixação em valor diferenciado e, em simultâneo, que se abra a possibilidade de adotar valores mais reduzidos por parte das plataformas de reservas”.
O supervisor do setor, liderado por Ana Paula Vitorino, frisou que o atual sistema tarifário é complexo, “o que torna difícil a sua compreensão por parte dos utilizadores e dificulta a estimativa de preço para uma determinada viagem”.
O valor da bandeirada (custo de ativação do serviço), que está hoje no nível mínimo de 3,25 euros, é considerado “elevado”, o que “leva à perceção de que o serviço é caro para curtas distâncias”. Assim, a AMT pretende que o custo da bandeirada desça para 2 euros.
Assim, foi proposta uma nova fórmula de cálculo do preço da viagem, “calculada da mesma forma para qualquer local onde a viagem tem início ou fim, o que significa que o preço da viagem deixa de ser influenciado pela extensão do percurso realizado com a tarifa urbana ou a tarifa ao quilómetro”. Assim, elimina-se as tarifas em vazio “quando se ultrapassam fronteiras municipais, uma das reivindicações mais solicitadas pelos utilizadores”.