A Aquarius Engines anunciou ter testado com sucesso um novo motor de combustão interna que utiliza hidrogénio como combustível, não é poluente, é mais barato de fabricar, manter e operar do que as células de hidrogénio e pesa apenas 10 quilogramas. Segundo a empresa automóvel, não se trata de ficção científica, mas sim um motor que poderá mudar radicalmente a indústria de veículos elétricos.
O teste foi realizado pela empresa austríaca de motores AVL-Schrick, que salientaram que o seu novo motor de combustão pode funcionar exclusivamente com hidrogénio sem problemas.
O motor baseia-se no projeto de um motor de combustão semelhante criado em 2014, que funciona a gasolina e, de acordo com os seus inventores, está igualmente a ser testado e fabricado com as empresas japonesas TPR e Musashi Seimitsu, uma afiliada da Honda.
O Aquarius Engine é um motor de combustão linear, com um único pistão e um único cilindro. Por si só, este design representa um afastamento radical dos motores de combustão tradicionais, cujo mecanismo fundamental não mudou em décadas. Como resultado, é um motor extremamente simples quando comparado com um motor de combustão interna tradicional.
O resultado é um motor com apenas 20 peças fixas e uma única peça móvel. Em comparação, um motor tradicional tem centenas de peças. Segundo a Aquarius Engines, esta extrema simplicidade resulta num custo de fabrico muito mais baixo, bem como numa maior eficiência e facilidade de manutenção com as quais um motor tradicional não consegue competir.
A cada movimento do pistão, o veio move-se e interage com bobinas magnéticas em cada extremidade do motor, o que vai gerar a eletricidade que alimenta as baterias do carro. A versão que acabam de anunciar, salientou a empresa, tem uma estrutura mecânica semelhante, mas utiliza hidrogénio como combustível em vez de gasolina.
O resultado, afirma a Aquarius Engines, é um motor que não polui de todo. A ideia é integrar estes motores para carregar as baterias que alimentam o motor de um carro elétrico.
Segundo a empresa, é muito mais simples, eficiente e barato de fabricar do que uma célula de combustível de hidrogénio. No entanto, não fornecem um preço estimado ou dados comparativos que suportem esta afirmação.
A sua potência parece ser de 16kW, embora afirmem ter uma solução de 80kW. Com 16kW bastaria ampliar significativamente a autonomia de um carro elétrico, ao mesmo tempo que reduzia o tamanho e o peso das baterias. E com isso, o custo global dos carros elétricos.