Os trabalhadores da Volkswagen na Alemanha iniciam hoje um período de greve para pressionar as discussões sobre o plano de corte de custos em preparação na fabricante automóvel, depois de as negociações entre o sindicato IG Metall e a administração da empresa terem fracassado, segundo o sindicato IG Metal.
A medida surge em protesto contra os planos da fabricante automóvel para cortes drásticos de custos, que incluem o encerramento de fábricas, despedimentos em massa e redução salarial.
Em comunicado divulgado pelo sindicato, foi referido que as greves são “possíveis e necessárias”. “A Volkswagen determinará na mesa de negociações quanto tempo e quão difícil será o conflito. A força de trabalho da VW em todo o país está pronta para entrar em greve”, sublinhou o IG Metall, revela a ‘Euronews’.
A Volkswagen enfrenta desafios significativos, como a crescente concorrência de fabricantes chineses, uma menor procura por veículos elétricos e a desaceleração da economia alemã. Em outubro, a empresa revelou planos de encerrar pelo menos três fábricas no país, além de anunciar a intenção de cortar milhares de postos de trabalho e reduzir os salários dos restantes funcionários em 10%.
Segundo Arne Meiswinkel, negociador-chefe da Volkswagen AG, os cortes são necessários para assegurar a sustentabilidade da empresa. “Precisamos de reduzir os custos de mão de obra para garantir o nosso futuro”, afirmou, citando os resultados negativos do último trimestre, em que a margem de lucro da marca Volkswagen foi de apenas 2,1%.
Em contraponto, o conselho de trabalhadores sugeriu que uma parte das economias poderia vir da redução dos bónus atribuídos à alta gestão, mas a proposta não foi aceite pela administração.