Aos 94 anos, um ex-diretor da Fórmula 1 decidiu vender os 69 modelos que marcaram décadas do desporto motorizado, incluindo Ferraris e Brabhams pilotados por lendas como Schumacher, Lauda e Senna.
Bernie Ecclestone, figura icónica do automobilismo e antigo responsável máximo da Fórmula 1, anunciou que irá vender a sua valiosa coleção de carros históricos. Composta por 69 veículos que já competiram em Grandes Prémios, a coleção é considerada uma das mais importantes do mundo no âmbito do desporto motorizado, estimada em cerca de 400 milhões de dólares (380 milhões de euros), segundo a revista Car and Driver.
A venda, que será feita individualmente e sem recurso a leilões, será conduzida pelo especialista Tom Hartley Jr., que negociará diretamente com os interessados no valor de cada modelo, revela o ‘The Luxonomist’.
Entre os carros disponíveis encontram-se Ferraris icónicos, como aqueles que ajudaram Michael Schumacher, Niki Lauda e Mike Hawthorn a conquistar títulos mundiais, além de modelos emblemáticos da Brabham. Um dos destaques é o BT46B, conhecido como o “carro ventilador”, que garantiu a vitória de Lauda no Grande Prémio da Suécia. Outro exemplar notável é o Brabham com o qual Ayrton Senna realizou um dos seus primeiros testes na Fórmula 1, em 1983.
Ecclestone, que liderou a Fórmula 1 até 2017 e acumulou uma fortuna significativa ao longo da sua carreira – incluindo 4,7 mil milhões de dólares com a venda dos direitos comerciais da modalidade para a Liberty Media –, justificou a decisão com a sua idade avançada.
“Adoro todos os meus carros, mas é hora de começar a pensar no que acontecerá com eles se eu não estiver mais aqui. É por isso que decidi vendê-los”, afirmou.
A venda representa o encerramento de um capítulo na vida de um dos homens mais influentes do desporto automóvel, cuja paixão pelos carros marcou sete décadas de história na Fórmula 1.