O hidrogénio é uma perda de tempo? Esta bateria prova o contrário

O hidrogénio é uma perda de tempo? Esta bateria prova o contrário

Embora o hidrogénio enfrente críticas consideráveis devido aos desafios para a sua integração em aplicações comerciais, a tecnologia de metal-hidrogénio desenvolvida pela EnerVenue está a contrariar este ceticismo. A empresa está a demonstrar que o hidrogénio pode desempenhar um papel essencial no armazenamento de energia sustentável.

O que torna estas baterias tão especiais?

As baterias da EnerVenue, conhecidas como Energy Storage Vessels (ESVs), possuem características que as colocam na frente do armazenamento energético. As suas principais vantagens incluem:

  • Durabilidade: com uma vida útil superior a 30.000 ciclos, permitem até três ciclos de carga e descarga por dia, sem necessidade de pausas.
  • Elevada segurança: eliminam o risco de sobreaquecimento e de propagação térmica – o que descarta a necessidade de sistemas de proteção contra incêndios caros, comuns em baterias de iões de lítio.
  • Sustentabilidade: são significativamente mais recicláveis do que as baterias de lítio.

A multinacional RWE está a testar as baterias da EnerVenue no seu centro de inovação em Milwaukee, nos Estados Unidos. Este projeto piloto visa validar aspetos como a flexibilidade nos ciclos de carga e descarga, o desempenho sob diferentes condições de temperatura, e a eficiência geral das baterias.

O armazenamento de energia em escala de rede que seja seguro, flexível e duradouro é fundamental para atender à crescente procura por energia limpa.

Afirma Andrea Hu-Bianco, vice-presidente sénior de Engenharia na RWE Clean Energy.

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Além disso, Majid Keshavarz, diretor técnico da EnerVenue, salienta que as baterias de metal-hidrogénio foram concebidas para enfrentar os desafios mais exigentes na área da energia limpa.

Apesar das críticas frequentes ao hidrogénio como vetor energético, a EnerVenue continua a apostar na sua tecnologia e planeia mostrar que pode oferecer uma alternativa promissora face às limitações das baterias atuais.

A questão que se coloca agora é: será esta inovação suficiente para redefinir o papel do hidrogénio no futuro energético global?

 

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