
A partir de 1 de janeiro de 2025, a tarifa da Entidade Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica (EGME), gerida pela MOBI.E, será reduzida em 37,1% para os Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME) e Operadores de Pontos de Carregamento (OPC). Já os Detentores de Pontos de Carregamento (DPC) beneficiarão de uma redução ainda mais expressiva, de 61,7%.
A decisão foi anunciada ontem, 16 de dezembro, pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
No próximo ano, a tarifa EGME por carregamento na rede nacional será de 0,1572€, significativamente inferior aos 0,2499€ cobrados em 2024. Para os DPCs, a tarifa diária passará de 0,0423€ para 0,0162€. Segundo a ERSE, esta descida deve-se, principalmente, ao aumento esperado no número de carregamentos em 2025 e à gestão eficiente dos custos da EGME.
As tarifas EGME cobrem os custos regulados da rede de mobilidade elétrica, como o funcionamento da plataforma que permite aos Utilizadores de Veículos Elétricos (UVEs) aceder a qualquer ponto de carregamento com um único meio de acesso e consultar informações em tempo real. Apesar de não serem aplicadas diretamente aos UVEs, estas tarifas têm impacto nos preços finais, variando entre 4,5% e 5,5% para um carregamento médio de 9,5 kWh, dependendo da tensão utilizada.
Para o presidente da MOBI.E, Luís Barroso, “esta redução é o reflexo do esforço da MOBI.E em aumentar a sua eficiência, bem como o resultado da consolidação e franco crescimento da mobilidade elétrica em Portugal e permitirá dar ao mercado uma maior folga, para que se torne ainda mais competitivo, ajudando a acelerar a transição energética da mobilidade no nosso país.”
As tarifas EGME são definidas anualmente pela ERSE, com base em critérios como custos operacionais e volume de carregamentos, assegurando a sustentabilidade da rede.