Volkswagen e Audi ponderam manter modelos a gasolina e gasóleo na Europa face à lenta adesão aos elétricos

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Volkswagen e Audi ponderam manter modelos a gasolina e gasóleo na Europa face à lenta adesão aos elétricos

A Volkswagen e a Audi estão a avaliar a possibilidade de prolongar a produção de automóveis a gasolina e gasóleo na Europa, contrariando a tendência de eletrificação total do setor automóvel. De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, a decisão final será tomada em março, na próxima reunião de planeamento de investimentos do grupo Volkswagen.

A medida surge num contexto de desaceleração do mercado de veículos elétricos na Europa, um fator que poderá justificar a continuidade dos motores a combustão em alguns dos modelos mais populares das marcas. Segundo as fontes citadas pelo Handelsblatt, a Volkswagen está a considerar reformulações no design de modelos emblemáticos como o Golf, T-Roc e Tiguan, enquanto a Audi poderá aplicar a mesma estratégia ao A3. A intenção inicial do grupo era reduzir gradualmente a produção destes automóveis a partir de 2025, mas a incerteza em torno da meta europeia para o fim das vendas de novos carros a combustão em 2035 pode levar a empresa a adiar essa transição.

As fontes do grupo indicam que, pelo menos até 2033, a Volkswagen continuará a apostar nos motores a combustão, embora o Handelsblatt não tenha obtido esclarecimentos sobre se essa estratégia poderá estender-se para além dessa data. O objetivo é garantir que a empresa não seja apanhada desprevenida caso a União Europeia reveja os prazos estabelecidos para a eliminação dos combustíveis fósseis no setor automóvel.

O contexto atual tem sido desafiante para a Volkswagen. Recentemente, a fabricante anunciou o encerramento de fábricas na Alemanha pela primeira vez nos seus 87 anos de existência, refletindo as dificuldades de adaptação à nova realidade do mercado automóvel.

A posição da Volkswagen alinha-se com a de outra gigante do setor, a BMW, que esta semana confirmou que continuará a investir em motores a combustão e híbridos plug-in. Em declarações ao Financial Times, a fabricante alemã classificou como “ingénuo” o pressuposto de que a transição energética pode ocorrer exclusivamente através da eletrificação total da frota.

As regras europeias preveem que, a partir de 2035, todos os novos veículos vendidos no continente sejam isentos de motores a combustão. No entanto, a resistência de alguns fabricantes e o ritmo lento de adesão dos consumidores aos elétricos podem influenciar eventuais revisões da legislação nos próximos anos.