Um sultão, um joia com rodas e um mistério sem fim: onde estão sete unidades de um dos carros mais exclusivos de sempre?

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Um sultão, um joia com rodas e um mistério sem fim: onde estão sete unidades de um dos carros mais exclusivos de sempre?

O grupo dos colecionadores de carros tem-se tornado progressivamente maior: ter uma peça exclusiva na garagem é algo que distingue muitas das grandes fortunas do mundo, praticamente da mesma forma como uma pintura, uma escultura ou um relógio.

E não se trata apenas de adquirir os últimos megacarros, mas cada vez procuram veículos históricos, ou seja, aqueles carros únicos que foram produzidos numa série muito limitada de unidades. Os fãs deste tipo de carros tendem a mantê-los sob controlo, observando de perto quem é dono de qual. No entanto, lembrou a publicação espanhola ‘El Confidencial’, por vezes há modelos que ‘desaparecem’…

Um dos carros onde isso aconteceu é considerado por muitos a grande joia do automobilismo britânico. Criado pelo lendário designer Gordon Murray – uma ‘estrela’ no mundo da Fórmula 1 – e Peter Stevens, o McLaren F1 é um carro único.

Nasceu em 1992 como um dos veículos mais exclusivos da história, já que cada uma de suas peças foi projetada à mão: por isso, foram criadas apenas 100 unidades… na realidade, foram 106. A produção durou apenas seis anos, até 1998 – foram construídas 64 unidades com ‘acabamento padrão’, cinco LM, 3 GT e 28 GTR.

Além disso, foram construídas quatro versões de corrida, que participaram das 24 Horas de Le Mans, no Campeonato Japonês de Grandes Turismos e do Campeonato FIA GT. A estes, devem-se adicionar mais dois protótipos, um da versão de rua e outro do LM. Feitas as contas, são 106 carros… dos quais sete estão desaparecidos.

Feito à mão, com portas diedrais, capaz de atingir 391 km/h e fazer história ao ser o primeiro carro estreante a vencer as 24 Horas de Le Mans, rapidamente se tornou um carro desejado por todos. Além disso, tem uma certa mística, pois é considerado um dos maiores supercarros da história, capaz de ofuscar outros carros como o Ferrari F40.

Possuir um McLaren F1 era quase uma questão de prestígio: a maioria dos carros pertence a colecionadores particulares, mas muitos são propriedade de pessoas de renome mundial: Ralph Lauren – que possui três -, Elon Musk, Jay Leno, George Harrison, Wyclef Jean, Nick Mason ou Rowan Atkinson são alguns dos felizes proprietários. Mas há um que se destaca dos demais: Hassanal Bolkiah, o sultão de Brunei. Conhecido por ter uma coleção de 5.000 carros, comprou 10 unidades, das quais vendeu 3… mas onde estão os outros?

O mistério dos sete carros

Em 2010, talvez farto da sua enorme coleção de carros, o sultão decidiu ‘livrar-se’ de alguns modelos na sua garagem, incluindo três unidades do McLaren F1 – dois foram vendidos, ao passo que o terceiro não ‘sobreviveu’ a um acidente antes do fecho da transação, que o deixou para peças – muitos compradores, aliás, não hesitaram em procurar peças de reposição para os seus veículos.

No entanto, subsiste o mistério dos outros sete McLaren F1. Caçadores de carros históricos localizaram todas as unidades deste modelo lendário, exceto os sete que nunca viram a luz do dia. Sabe-se que eles foram comprados pelo sultão na década de 1990 e armazenados na sua garagem, onde provavelmente ainda podem estar: mas estarão? Já foram usados? Foram vendidos a outro comprador?

Nunca ninguém os viu a circular.

Entre os veículos que o sultão do Brunei vendeu em 2010 estavam um McLaren F1, um Ferrari Enzo, um Jaguar XJ220, um BMW Nazca V12 e um Cizeta V16, todos eles sem nunca ter rodado um único quilómetro. A história dos misteriosos supercarros permanece sem solução: esquecidos numa garagem ou desaparecidos para sempre, somente o sultão do Brunei sabe o que aconteceu com eles.