Em Portugal, os carregamentos elétricos continuam aquém das necessidades. Como tal, o Governo vai avançar com a “liberalização” do carregamento de carros elétricos.
Liberalização vai trazer melhores preços
Segundo a informação indicação do ministro da Presidência, o objetivo é poder abastecer o veículo em qualquer posto de combustível sem a necessidade de um contrato prévio com um fornecedor de energia.
Na calha está a “simplificação e liberalização” do carregamento de carros elétricos, acabando assim com “a réstia que ainda existe na lei do monopólio antigo”, conforme anunciou esta quarta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final do Conselho de Ministros.
Os preços vão baixar com o fim da figura de “comercializador de mobilidade elétrica”, isto é, de intermediário”, garantiu.
O objetivo é que seja “tão fácil carregar um veículo elétrico como abastecer numa bomba de gasolina”.
Afirmou António Leitão Amaro.
Para isso, o Conselho de Ministro aprovou algumas alterações “como deixar de ser necessário” que um posto de abastecimento tenha “um contrato com um fornecedor de energia para veículos elétricos” e ser possível que um condutor possa carregar “em qualquer posto e pagar com os meios eletrónicos normais de pagamento”.
O governante referiu também que as mudanças agora aprovadas visam ainda “uma uniformização das unidades de contagem para que os preços sejam comparáveis e estender essas obrigações de transparência e concorrência aos espaços onde os postos são concessionados, como é o caso das autoestradas”.
Mais simples, menos burocracia
Conforme refere o Eco, o ministro também explicou que será “eliminada a figura do comercializador de mobilidade elétrica, que é um intermediário para cobrar taxas e, assim, além de aumentar a concorrência e a liberdade de consumo, permitir baixar os preços, que em Portugal são particularmente elevados”.
Com esta decisão, o Governo espera acabar “com alguma réstia que ainda existe na lei do monopólio antigo” do regime da mobilidade elétrica.
A deliberação do Conselho de Ministros quer ainda transformar os postos de abastecimento, tornando-os aptos para “produção e autoconsumo”. Para além disso, “os carregamentos serão bidirecionais para que a capacidade excedentária de um veículo” possa, “em sentido inverso”, alimentar também a própria bomba, esclareceu o ministro da Presidência.
Estas medidas são, de facto, “uma verdadeira liberalização e simplificação do regime da mobilidade elétrica”. Resta perceber se são as soluções que irão efetivamente ampliar o acesso e facilitar a propagação dos veículos elétricos no país.