
A família Agnelli vendeu uma participação de cerca de 3 mil milhões de euros na Ferrari NV, depois de o valor do fabricante italiano ter aumentado mais de 10 vezes desde a sua oferta pública inicial nos EUA.
A Exor, veículo de investimento do clã, desfez-se de sete milhões de ações – o que corresponde a cerca de 4% do capital em circulação -, de acordo com um comunicado publicado esta quarta-feira: a família, no entanto, vai continuar a ser a maior acionista da Ferrari, mantendo cerca de 30% dos seus direitos de voto.
A Goldman Sachs e a JP Morgan estão a organizar a venda, sendo expectável que a oferta seja concluída a 3 de março. Com a verba, vai proceder a uma aquisição “considerável” e mil milhões de euros destinam-se à recompra de ações próprias da “holding” dos Agnelli. A Exor detém cerca de 38 mil milhões de euros em ativos, incluindo participações na Philips e na Stellantis.
“A transação permitir-nos-a reduzir a nossa concentração e melhorar a diversificação”, apontou o CEO da Exor, John Elkann, em comunicado. “O nosso apoio à Ferrari e a nossa confiança no seu futuro sólido são inabaláveis.”
Anteriormente pertença da Ferrari, a fabricante de automóveis de luxo fundada pela família Agnelli e atualmente parte da Stellantis NV, a Ferrari foi desmembrada há certa de 10 anos: a sua capitalização de mercado, na Bolsa de Valores de Nova Iorque, cresceu e chegou aos 125 mil milhões de dólares.