Em mais um exemplo da instabilidade da indústria automóvel global, a Mercedes-Benz e as suas subsidiárias estão a planear cortar até 15% da sua força de trabalho, na China, principalmente nas suas unidades de finanças e vendas.
Devido à intensificação da concorrência no maior mercado automóvel do mundo, a China, a Mercedes-Benz e as suas subsidiárias estão a planear cortar postos de trabalho, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas porque não estão autorizadas a falar publicamente sobre o tema.
Conforme avançado pela imprensa, a Mercedes-Benz Automobile Finance e a Beijing Mercedes-Benz Sales Service deverão suportar o peso dos cortes, à medida que trabalham para competir com as empresas chinesas, incluindo bancos estatais, uma vez que podem oferecer empréstimos automóveis mais atraentes.
Segundo as fontes, a fabricante alemã já começou a cortar postos de trabalho, na China, inclusive não renovando contratos de alguns funcionários com contrato fixo. As demissões terão acelerado este mês.
Apesar dos objetivos, o plano da Mercedes não é estanque, pelo que está sujeito a alterações. Aliás, a empresa ainda não terá tomado uma decisão final relativamente aos despedimentos, que podem ficar aquém dos 15% da força de trabalho.
Além disso, não é claro se a medida irá afetar a sede local da fabricante de automóveis ou as unidades de produção que gere através de joint ventures com empresas chinesas.
A decisão da fabricante de automóveis alemã mostra as dificuldades que as empresas de automóveis estrangeiras enfrentam, na China. Afinal, os grandes nomes “tradicionais” foram perdendo terreno para uma série de marcas nacionais, que conquistaram os condutores com veículos eletrificados e tecnologicamente avançados.