A luta parece estar a equilibrar para o lado dos elétricos. Há oferta mais barata, a forma de carregar está a ser melhor regulamentada e já se percebe que os VE são de facto uma melhor proposta. Bom, o CEO da VW não tem dúvidas disso. E quem o vai contrariar?
Dar dois passos atrás não é recuar… e dar lanço!
A Volkswagen atravessa um dos piores momentos da sua história, com o despedimento de 35.000 trabalhadores em todo o mundo e o encerramento de duas fábricas na Alemanha. A empresa aposta tudo nos carros elétricos para recuperar da crise.
A chegada dos carros elétricos chineses revolucionou o mercado automóvel europeu. A Alemanha continua a ser líder no setor, mas não vive um dos seus melhores momentos, com marcas como a Volkswagen a ponderarem fechar duas fábricas em território alemão pela primeira vez na sua história.
Outro momento complicado foi a chegada de Donald Trump à Casa Branca, com a ameaça de impor novas tarifas à importação, agravou a situação para algumas marcas tradicionais. A Volkswagen decidiu competir no mercado dos elétricos com um investimento milionário.
O fabricante alemão encontrou uma solução para contornar as tarifas da administração de Donald Trump: produzir em solo americano. O Grupo VW já iniciou negociações para construir uma fábrica nos Estados Unidos.
Volkswagen investiu mais de 10 mil milhões de dólares
O Grupo Volkswagen mantém-se otimista em relação às tarifas de Donald Trump. Atualmente, a marca alemã possui uma unidade de montagem no Tennessee e espera agora construir outra na Carolina do Sul, com um investimento superior a 10 mil milhões de dólares para a produção de carros elétricos.
Oliver Blume, diretor-geral do Grupo Volkswagen, garante que o Governo dos EUA poderá levar em conta este investimento da marca no país. O fabricante de automóveis poderá beneficiar de vantagens fiscais, embora a administração de Trump não pareça muito interessada em iniciar negociações.
Blume afirmou que estão a trabalhar para encontrar a solução necessária para evitar que as tarifas tenham impacto nos resultados da empresa nos EUA. Um porta-voz da Volkswagen confirmou ao meio de comunicação alemão ZDF que a empresa já teve uma primeira reunião com o Executivo.
Grupo VW pretende recuperar-se de uma das suas maiores crises
Conforme já referimos, a Volkswagen não atravessa um dos seus melhores momentos. O fabricante alemão não consegue competir com os seus carros elétricos num mercado cada vez mais dominado pela China e anunciou o despedimento progressivo de até 35.000 trabalhadores até 2035.
A redução da força de trabalho a nível global representa um “reajuste da empresa às reais necessidades em termos de emprego”, afirmou Oliver Blume.
Ainda assim, o Grupo Volkswagen continua sem conseguir recuperar da crise que enfrenta nos últimos anos.
Blume assegura que a situação atual resulta de uma série de erros cometidos no passado.
Se olharmos para trás, as decisões tomadas hoje apresentam-se sob uma perspetiva diferente. Por exemplo, a estratégia de produtos, que deve ser ajustada periodicamente.
Afirmou o CEO da Volkswagen.