Marcas automóveis podem respirar de alívio: Bruxelas dá mais tempo para cumprirem metas de emissão de CO2

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Marcas automóveis podem respirar de alívio: Bruxelas dá mais tempo para cumprirem metas de emissão de CO2
Ursula Von der Leyen

As marcas automóveis podem respirar de alívio: a Comissão Europeia flexibilizou os prazos para o cumprimento das metas de emissões de CO2. Assim, segundo indicou o jornal ‘El Economista’, se o fabricantes não conseguiram ultrapassar os 93,6 gramas por quilómetro de CO” nos seus carros vendidos no Velho Continente, terão agora mais três anos para atingir o objetivo – recorde-se que em causa estavam multas que podiam chegar aos 15 milhões de euros para a indústria automóvel em 2024.

Num pacote de medidas que serão detalhadas na quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, indicou que vai propor uma alteração específica sobre os padrões de CO2, salientando que os objetivos não mudam, somente os prazos. “Significa mais espaço de manobra para a indústria e mais clareza, sem alterar os objetivos acordados. Tenho certeza de que uma emenda tão específica poderia ser aprovada rapidamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. Porque, é claro, só faz sentido se for aprovada rapidamente”, disse a responsável.

Von der Leyen enfatizou que “por um lado, precisamos de previsibilidade e justiça para os pioneiros, aqueles que fizeram bem o dever de casa. Isso significa que temos de nos manter nos objetivos acordados. Por outro lado, temos de ouvir as vozes das partes interessadas que pedem mais pragmatismo nestes tempos difíceis e neutralidade tecnológica.” A Stellantis foi uma das empresas que mais se aproximou de atingir os objetivos, enquanto o Grupo Volkswagen foi o que teve mais dificuldade em alcançá-los.

Esta não será a única medida, já que Bruxelas também indicou que se preparará para acelerar os trabalhos de revisão para 2035, ano em que a Comissão pretende garantir que nenhum modelo de combustão seja comercializado no Velho Continente. Agora, Bruxelas acrescenta a neutralidade tecnológica como um “princípio central”.

As associações europeias de fabricantes de veículos (ACEA) e fornecedores automóveis (CLEPA) destacaram que esse alívio “é um primeiro passo na direção certa”, ao mesmo tempo que destacaram que “um maior apoio aos veículos autónomos e à cadeia de fornecimento de baterias europeia também são sinais positivos”.

Este não foi o único ponto que von der Leyen colocou na mesa. A presidente da Comissão também observou que “precisamos de um grande impulso em software e hardware para direção autónoma”. Para este fim, a Comissão criará e contará com alianças industriais para permitir que as empresas reúnam recursos como desenvolvimento de software, chips e tecnologia de direção autónoma.

Tudo isso com o objetivo de não ficar para trás diante da forte concorrência das marcas da China. Para von der Leyen, o objetivo é muito simples: “Temos de colocar veículos autónomos nas estradas da Europa mais rápido.”

Bruxelas também reconheceu que as cadeias de abastecimento europeias precisam ser “mais robustas e resilientes, especialmente quando se trata de baterias”. Bruxelas considera fornecer apoio direto aos produtores europeus de baterias.