UE dará mais tempo às fabricantes para atingirem os objetivos de CO2 para 2025

UE dará mais tempo às fabricantes para atingirem os objetivos de CO2 para 2025

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia (UE) irá dar três anos às fabricantes de automóveis para atingirem os objetivos de emissões de dióxido de carbono inicialmente estabelecidos para este ano de 2025.

Numa conferência de imprensa, Ursula von der Leyen disse que, no final deste mês, será proposta uma “alteração específica” que procurará conferir flexibilidade ao setor automóvel no âmbito das regras de emissões de CO2 propostas para 2025.

Isto significa que as fabricantes de automóveis europeias vão ter mais tempo para cumprirem as metas ambientais e de redução de emissões poluentes assumidas pela UE.

Nesse sentido, as empresas vão ser avaliadas considerando a média de três anos, 2025 a 2027, relativamente ao cumprimento das metas de redução da poluição, em vez de serem avaliadas apenas pelos valores de 2025.

Ou seja, com as alterações, as fabricantes de automóveis podem não cumprir o objetivo este ano, desde que tenham um desempenho superior nos dois anos seguintes.

Os objetivos permanecerão os mesmos, mas isso significa mais espaço para a indústria respirar e mais clareza, sem alterar os objetivos acordados.

Disse a presidente da Comissão Europeia.

 

Flexibilidade bem-recebida por governos e associações

De facto, as fabricantes de automóveis têm pressionado o executivo europeu para alterar o objetivo de 2025, tendo em conta o abrandamento das vendas de veículos elétricos, que dificultou o cumprimento do objetivo e poderia resultar em milhares de milhões de euros de multas.

Segundo a imprensa do setor, a Itália e a República Checa, que tinham insistido na flexibilização das sanções, acolheram favoravelmente a proposta da UE.

Aliás, o ministro italiano da Indústria, Adolfo Urso, afirmou que a proposta significava que o setor automóvel europeu tinha sido salvo.

Por sua vez, o ministro checo dos Transportes, Martin Kupka, disse que o seu país iria tentar uma prorrogação de cinco anos.

A diretora-geral da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), Sigrid de Vries, afirmou que a proposta era positiva, mas que o cumprimento dos objetivos continuará muito difícil.