‘Método Ferrari’ prevalece nos carros de luxo: híbridos ‘aceleram’ mais rápido que os elétricos

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‘Método Ferrari’ prevalece nos carros de luxo: híbridos ‘aceleram’ mais rápido que os elétricos

A indústria automóvel na Europa não está a atravessar os seus melhores momentos: a lenta adoção dos carros elétricos (EV) e o aumento da concorrência dos fabricantes chineses têm dificultado que o setor automóvel atendesse às diretrizes definidas pela transição ecológica.

Perante o momento, e num contexto geopolítico crítico, Bruxelas flexibilizou os prazos para o cumprimento da meta de emissões de CO2, o que levou alguns fabricantes de carros de luxo a cancelar os planos de lançamento de EV, enquanto outros estão a viver um momento positivo com veículos híbridos.

A Maserati, de propriedade da Stellantis, anunciou recentemente a suspensão dos planos de lançar o MC 20 Folgore, a versão elétrica do modelo de luxo MC 20, devido à fraca procura esperada: segundo a marca italiana, os consumidores preferem motores a gasolina potentes “e não estão prontos para mudar para carros elétricos no futuro próximo”.

A Maserati seguiu o caminho de outras marcas automóveis: a Porsche, no ano passado, decidiu interromper os planos de fabrico de EV também devido à fraca procura. Embora 27% das novas vendas da marca alemã tenham sido veículos eletrificados, a percentagem de vendas de EV foi de apenas 12,7%.

A falta de sucesso desse tipo de veículo entre os consumidores regulares dos supercarros reforçou, ao mesmo tempo, o papel dos veículos híbridos como alternativa comercial para as grandes marcas.

No caso da Lamborghini, a marca lançou versões híbridas de seus modelos Revuelto e Temerario no ano passado. Segundo a empresa, o Revuelto foi o carro mais vendido, o que aumentou as suas vendas em 6% no ano passado em comparação a 2024, marcando o seu melhor ano da história em termos de entregas – a marca automóvel observou que o incentivo aos veículos híbridos foi fundamental para atingir esses números.

Por sua vez, as vendas dos modelos híbridos da Ferrari representaram mais da metade de todas as vendas da empresa italiana no ano passado, ano em que aumentou moderadamente as suas entregas. No entanto, esse crescimento permitiu que registasse um aumento de 21% nos lucros em relação ao ano anterior, atingindo 1,53 mil milhões de euros, marcando o segundo melhor ano da história.

A marca de Maranello deu prioridade ao desenvolvimento dos seus modelos híbridos e a combustão, planejndo o lançamento de seu primeiro veículo elétrico para outubro deste ano. De acordo com Benedetto Vigna, CEO da Ferrari, a empresa não está a implementar uma transição elétrica, mas sim “um acréscimo elétrico” aos seus modelos.