Os mercados estão globalmente caóticos, com as empresas automóveis, em especial, a trilhar um caminho complexo. Com novos dados, a BMW registou uma queda de 37% no lucro líquido, em 2024, para 7,68 mil milhões de euros.
Conforme divulgado, os lucros líquidos da BMW caíram mais de um terço, em 2024, numa queda de 36,9%. Segundo a Reuters, esta informação vai ao encontro da previsão do LSEG.
As entregas da BMW totalizaram cerca de 2,45 milhões de unidades, no ano passado, um pouco abaixo dos 2,55 milhões de 2023.
Entretanto, para 2025, a fabricante de automóveis espera uma margem de lucro para carros de cerca de 5% a 7%, em comparação com os 6,3% alcançados no ano passado.
A fabricante observou, num comunicado, que a implementação de taxas deverá ter um impacto negativo nos lucros: “Um ambiente competitivo desafiador e desenvolvimentos macroeconómicos, comerciais e geopolíticos podem ter um impacto significativo no desempenho dos negócios”.
Taxas impostas pelos governos impactará lucro da BMW
As previsões da BMW para este ano consideram as taxas anunciadas pelos governos, nomeadamente aquelas sobre as importações de aço e alumínio dos Estados Unidos.
Segundo a CNBC, citando a Reuters, o diretor financeiro da BMW disse que as taxas adicionais sobre as importações dos Estados Unidos, desde 12 de março, reduziriam a margem de lucro dos automóveis num ponto percentual.
Oliver Zipse, diretor-executivo da BMW
Na sexta-feira, o diretor-executivo da BMW, Oliver Zipse, disse à Squawk Box Europe da CNBC que as taxas podem ter sido um bom instrumento há décadas atrás, quando os mercados globais não estavam tão interligados como estão atualmente. Contudo, criticou a sua aplicação no mundo moderno.
Tudo está ligado a tudo [hoje], o mundo verá muito rapidamente que esta pode não ser a forma mais inteligente de melhorar a sua competitividade.
Ao mesmo tempo, há fortes sinais de que existe um futuro para o comércio livre. Nos próximos 12 a 18 meses, assistiremos a uma mudança de atitude em relação às taxas, tenho quase a certeza.
Entretanto, segundo a BMW, espera-se uma contínua “situação desafiadora na China”, bem como outros obstáculos: a implementação de taxas e “medidas de apoio contínuas para a cadeia de fornecimento”.