Volkswagen pondera voltar a produzir equipamentos militares

<div style="margin-bottom:20px;"><img width="864" height="486" src="https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/08/volkswagen.jpg" class="attachment-post-thumbnail size-post-thumbnail wp-post-image" alt="" decoding="async" loading="lazy" srcset="https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/08/volkswagen.jpg 864w, https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/08/volkswagen-300x169.jpg 300w, https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/08/volkswagen-800x450.jpg 800w, https://executivedigest.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/08/volkswagen-768x432.jpg 768w" sizes="(max-width: 864px) 100vw, 864px" /></div>Enquanto a Volkswagen luta com as vendas de carros e vê os lucros cair, a produção em defesa pode sustentar os negócios em declínio

Volkswagen pondera voltar a produzir equipamentos militares

A Volkswagen, a maior fabricante de automóveis da Europa, está a pensar fabricar equipamentos militares, nas suas fábricas automóveis, que podem incluir tanques, revelou Oliver Blume, CEO da marca germânica, salientando que a empresa ainda não foi abordada por potenciais parceiros, mas estaria disposta a “analisar os conceitos”, indicou a publicação ‘The Telegraph’.

Questionado se a Volkswagen, que tem enfrentado diversas dificuldades económicas, estava aberta a fabricar equipamentos militares, Blume sublinhou que “em primeiro lugar, acho que, dada a atual situação geopolítica, o que estamos a ver agora na Alemanha e na Europa são exatamente as decisões certas, no sentido de que precisamos investir mais para estarmos seguros novamente”.

“Não estamos em conversas específicas sobre o que a Volkswagen pode fazer. A minha opinião é que, se houvesse a opção de veículos militares no futuro, teríamos de analisar os conceitos. Fizemos isso no passado. O Grupo Volkswagen tem competência automóvel. Estamos prontos para fornecer consultoria e aconselhamento. Mas onde estamos, isso é apenas aberto e as iniciativas serão apresentadas pela indústria de defesa mais do que qualquer coisa”, referiu.

Enquanto a Volkswagen luta com as vendas de carros e vê os lucros cair, a produção em defesa pode sustentar os negócios em declínio: segundo Blume, os lucros caíram em 2024 devido aos altos custos de produção e forte competição com a China, enquanto a marca alemã se prepara para mais um ano complicado. Segundo a ‘AFP’, a VW viu cair em mais de 30% os lucros, mesmo com as vendas gerais a crescer ligeiramente até aos 324,7 mil milhões de euros.

Já Armin Papperger, CEO da Rheinmetall, a maior fabricante de armas da Alemanha, disse que a fábrica da Volkswagen em Osnabrueck seria uma boa opção para uma conversão para produção militar, já que a marca alemã considera maneiras de redirecionar o local, salientou a agência ‘Reuters’. Papperger sublinhou que, embora a Rheinmetall pudesse redirecionar mais das suas próprias fábricas automóveis, comprar locais de marcas automóveis sob as condições certas também era possível.

A Volkswagen fabricou veículos militares e bombas para as forças nazis durante a II Guerra Mundial.