Temos conhecido decisões da indústria automóvel, que visam enfrentar o período controverso que o mercado atravessa. Desta vez, a notícia surge da Audi, que vai cortar até 7500 postos de trabalho, na Alemanha, até 2029.
Num comunicado de 17 de março, o diretor-executivo da Audi, Gernot Döllner, afirmou que a marca deve tornar-se “mais rápida, mais ágil e mais eficiente”. Contudo, estas mudanças não serão possíveis “sem ajustes de pessoal”.
Conforme a informação partilhada, os cortes de até 7500 postos de trabalho, na Alemanha, em áreas como administração e desenvolvimento, até 2029, deverão economizar mil milhões de euros por ano, tendo em conta o médio prazo.
A redução dos postos de trabalho, que corresponde a cerca de 14% da força de trabalho alemã da marca, não afetará os trabalhadores de fábrica, disse a Audi.
Além disso, as reduções serão conduzidas sem recorrer a despedimentos, numa estratégia que temos visto a ser adotada por outros nomes da indústria.
A Audi cortou cerca de 9500 postos de trabalho na produção desde 2019, visando redirecionar milhares de milhões de euros para o financiamento da sua mudança para veículos elétricos e para o aumento das margens para 9 a 11%.
Contudo, a marca teve resultados pouco animadores nos últimos anos, com a sua margem operacional a cair para 4,5% nos primeiros nove meses de 2024, devido às vendas fracas nos seus principais mercados e ao custo de cessar a produção na sua fábrica em Bruxelas.
À semelhança de outras marcas, também, a Audi tem tido dificuldades em mercados como a China.
Entretanto, a redução dos postos de trabalho na Audi elevam os despedimentos atualmente previstos em todo o Grupo Volkswagen para cerca de 48.000. O diretor-executivo do grupo, Oliver Blume, está focado na redução de custos em todas as marcas, tendo em vista a competitividade.