
Todos os anos, nos EUA, são atropelados um milhão de animais grandes, como veados e alces: na Califórnia, as colisões de veículos com animais custam mais de 200 milhões de dólares por ano. Para resolver o problema, o ‘segredo’ pode estar nos carros.
Em dezembro último, arrancou um projeto ambicioso na ilha japonesa de Amami Oshima, conhecida pelas belas praias, mas também uma espécie de coelho de pelo particularmente escuro conhecido como o coelho Amami, que está, desde 2004, sob ameaça de extinção devido à exploração madeireira, mas também pela frequência com que são atropelados e mortos por carros – segundo dados do Ministério do Meio Ambiente do Japão, os incidentes a envolver coelhos Amami aumentaram nos últimos sete anos, com 147 mortes em 2023.
A Nissan propôs-se encontrar uma solução, que poderá chegar na forma de um alarme de alta frequência que é montado na frente do carro para avisar os animais da sua presença. O projeto, financiado pela marca automóvel, foi chamado de ‘Animalert. A marca já tinha trabalhado com a agência de publicidade TBWA\Hakuhodo, sediada em Tóquio, numa campanha de marketing para promover o som que os carros elétricos da Nissan fazem para alertar peões. Em 2010, a Nissan foi uma das primeiras marcas a introduzir esse tipo de alerta, conhecido como Vehicle Sound for Pedestrians, ou VSP.
A experiência foi alargada por mais de três anos e a ser bem-sucedida a tecnologia pode expandir-se para funcionar para outros animais e ajudar a reduzir atropelamentos em todo o mundo.
Eventualmente, a equipa espera desenvolver vários sons de alta frequência que podem forçar outros animais, como veados, a fugir da estrada quando se aproxima um carro. Esses sons podem ser ligados pelo motorista com base nos animais que vivem na área. Ou até podem vir a ser ajustados automaticamente pelo GPS do carro.
Mas para que a tecnologia realmente faça diferença e reduza atropelamentos em todo o mundo, teria de ser implementada pelo maior número possível de fabricantes de automóveis.