Como uma inovação em baterias da chinesa BYD pode estar prestes a ‘enterrar’ a Tesla de Elon Musk

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Como uma inovação em baterias da chinesa BYD pode estar prestes a ‘enterrar’ a Tesla de Elon Musk

Em 2011, Elon Musk não escondeu o sorriso numa entrevista à ‘Bloomberg’ quando foi questionado sobre se a marca chinesa BYD era uma rival. “Por que é que se está a rir?” perguntou o entrevistador, ao que Musk respondeu: “Já viu o carro deles? Não acho que tenham um grande produto.”

Na altura, a Tesla tinha entrado em bolsa com uma avaliação de vários milhares de milhões de dólares e preparava o lançamento do Model S, que viria a tornar-se o carro elétrico (EV) mais vendido do mundo. Ao mesmo tempo, a BYD lutava contra o declínio das vendas na China e fazia manchetes no estrangeiro por copiar o design de outros automóveis.

No entanto, a marca chinesa tinha uma vantagem: a sua experiência no desenvolvimento de baterias. Fundada em 1995 como uma fabricante de baterias, a empresa sediada em Shenzhen voltou o seu foco para os automóveis em 2023, o mesmo ano de fundação da Tesla, com a intenção de transformar a indústria com carros movidos a bateria que pudessem competir com veículos a combustão.

Este mês, a BYD apresentou o que muitos especialistas consideraram ser o “Santo Graal’ dos EV: uma bateria que pode ser totalmente carregada ao mesmo tempo que demora a encher um depósito de combustível. A Super E-Platform oferece uma autonomia de até 400 quilómetros com apenas cinco minutos de carregamento, graças às velocidades de carregamento de 1.000 quilowatts. A maioria das estações Tesla Supercharger tem uma potência de 250 kW ou menos.

“O novo desempenho de carregamento supera a concorrência”, apontou Ryan Fisher, chefe de investigação de infraestruturas de carregamento da Bloomberg, ao ‘The Independent’. “É três a quatro vezes a potência de carregamento que os Tesla podem consumir, e os veículos terão preços semelhantes na China ao do Model Y.”

A BYD disse que a produção em massa da nova tecnologia “resolveria completamente a ansiedade de alcance dos utilizadores quando viajam”, com planos para introduzir a bateria de “carga rápida” nos seus modelos Han L e Tang L na China já no próximo mês.

A notícia surge numa fase de declínio sem precedentes para a Tesla: a avaliação da empresa caiu para menos de metade desde dezembro, e está prestes a registar a sua nona semana consecutiva de queda dos preços das ações.

A BYD desempenhou um papel considerável nesta queda, tendo ultrapassado a Tesla no ano passado como o principal fabricante mundial de veículos elétricos — uma posição que a empresa de Musk ocupava desde 2019. O anúncio da BYD prejudicou a Tesla, cujas ações caíram mais 10%: a enorme quota de mercado da BYD na China também prejudicou a Tesla, com a empresa americana a ver as suas remessas chinesas caírem 49% em termos homólogos em fevereiro, apesar da procura por veículos elétricos ter disparado.

As vendas da Tesla também estão a cair a pique na Europa, tanto como resultado do aumento da concorrência como das ações do seu CEO. Clientes outrora fiéis cederam aos apelos de boicote e mudaram para outros fabricantes automóveis, com as vendas em queda livre em toda a Europa. Os números da empresa de estudos de mercado ‘Dataforce’ mostrraam que os registos da Tesla caíram 44% em fevereiro, após um declínio de 45% em janeiro.

A empresa de Elon Musk está agora não só a perder a batalha da marca, mas também o seu domínio tecnológico. E a escala do avanço das baterias significa que a BYD não está apenas a enfrentar a Tesla, mas o domínio de décadas dos veículos com motor de combustão.

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