
A hashtag #BoycottUSA está a ganhar popularidade em muitos países, incluindo Canadá e Europa, conforme a Administração Trump vai ‘disparando’ tarifas em diversos setores. Mas está realmente disposto a abrir mão dos produtos americanos, especialmente os carros?
Com tarifas de 25% sobre veículos importados, uma política comercial agressiva e algumas declarações pouco reservadas, Donald Trump tem mantido um início de mandato bastante turbulento. E a presença ao seu lado de Elon Musk, igualmente radical em certas posições, não ajuda a acalmar a situação. Como resultado, muitos europeus, mas também e especialmente canadianos, estão a pedir um boicote aos produtos americanos ou, em qualquer caso, às marcas americanas. E há muitos deles em nosso quotidiano, começando pelos veículos: Jeep, Cadillac (que acabou de regressar à Europa) e, claro, a Tesla.
De acordo com a publicação ‘L’Automobile Magazine’, um estudo realizado pelo Ifop numa amostra representativa de 1.000 franceses mostra que os setores mais ameaçados por boicotes de consumidores são o de vestuário, seguido pelo calçado desportivo, refrigerantes e, no topo da lista… automóveis!
Quando inquiridos sobre se “nos próximos meses, pretendiam boicotar os seguintes produtos?”, 37% disseram que já boicotaram carros de marcas americanas e 24% disseram que provavelmente o farão. Isso é um total de 61%. Por outro lado, muito poucos parecem inclinados a boicotar redes sociais ou serviços de streaming de vídeo.
Ainda é difícil dizer se o boicote é eficaz, dado que a queda drástica nas vendas de veículos novos da Tesla em janeiro e fevereiro ocorreu logo vários momentos polémicos de Elon Musk – e há sempre um atraso de semanas, ou até meses, entre o pedido de um veículo e seu registo. Pelo que é necessário esperar até ao final do semestre deste ano para chegar a uma conclusão, salientando que o remodelado Model Y da Tesla está a chegar.