Estas são as marcas de carros europeias que vendem nos Estados Unidos: vão sobreviver às tarifas implacáveis de Trump?

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Estas são as marcas de carros europeias que vendem nos Estados Unidos: vão sobreviver às tarifas implacáveis de Trump?

A indústria automóvel no Velho Continente pode enfrentar um verdadeiro terramoto após o anúncio da nova tarifa de 25% que o presidente Donald Trump implementará a partir de 3 de abril sobre todos os carros não fabricados nos Estados Unidos – a decisão vai forçar um grande número de marcas a ajustar as suas previsões e metas.

Uma tarifa de 25% excedeu quase todas as expectativas e cuja primeira consequência será o aumento no preço dos carros nos EUA, que pode ficar em cerca de 6 mil dólares. Os fabricantes americanos também não escaparão, já que nenhum carro é produzido inteiramente nos EUA, que dependem de peças e acessórios vindos além-fronteiras – metade dos carros vendidos nos EUA também vêm do exterior.

om consequências desastrosas para os fabricantes chineses, e ainda menos para os fabricantes coreanos como a Kia e a Hyundai, ou para os japoneses como a Toyota, esta última com quatro fábricas, as marcas europeias tentarão de alguma forma contornar esta dura política fiscal, embora os seus custos e margens de lucro ainda sejam severamente afetados.

Quais são as marcas europeias mais afetadas?

As marcas premium são as mais difundidas e exclusivas nos EUA, especialmente as alemãs. Entre elas, a BMW talvez seja a mais bem posicionada, contando com uma fábrica como a de Spartanburg (na Califórnia), onde há três décadas fabricam modelos tão importantes para aquele país como o X3, X4, X5, X6 ou XM, ou seja, praticamente todos os modelos do tipo SUV tão bem recebidos pelos motoristas americanos.

A Mercedes, por sua vez, também tem algumas defesas. Para isso, conta com a fábrica de Tuscaloosa, Alabama, construída em 1995, de onde também saem grandes utilitários desportivos como o GLE ou GLS e outros modelos. Vale destacar que, para a marca germânica, os Estados Unidos são o seu segundo maior mercado mundial.

Continuando com as marcas premium europeias, a Volvo é outra empresa com bastante espaço de manobra nesse território. A gigantesca fábrica de Charleston, na Carolina do Sul, produz, entre outros, os SUV XC90 e o mais recente elétrico EX90, dois modelos perfeitamente adaptados aos gostos do país.

A Audi será talvez uma das empresas mais afetadas por essa guerra tarifária. O motivo não é outro senão terem decidido fabricar no México em vez dos EUA. No entanto, o poderoso grupo Volkswagen poderá ‘refugiar-se’ na fábrica que a marca-mãe tem em Chattanooga (no estado do Tennessee), onde os 5.500 funcionários que possui fabricam vários modelos exclusivos da Volkswagen para este país.

Se for tomada a decisão de produzir modelos Audi, o consórcio alemão terá de realizar investimentos significativos para reformar linhas de produção ou construir uma nova fábrica.

Outras marcas europeias de prestígio, como Ferrari, Porsche ou Lamborghini, sofrerão pouco ou nada: as decisões de compra desses hipercarros geralmente estão fora da lógica comercial e, portanto, fora do preço.