A Tesla enfrenta um enigma financeiro que tem deixado especialistas perplexos. De acordo com uma investigação recente do Financial Times, desapareceram cerca de 1,3 mil milhões de euros dos registos da empresa, sem uma explicação clara sobre o seu destino.
A fabricante de veículos elétricos tem sido alvo de críticas, especialmente por parte de Ross Gerber, um dos primeiros investidores da Tesla, que tem pedido a saída de Elon Musk do cargo de CEO. Segundo Gerber, Musk está demasiado “distraído” e o seu envolvimento político está a transformar a Tesla num símbolo ideológico, prejudicando a empresa.
Paralelamente, as ações da Tesla registaram uma queda de mais de 37% desde o início do ano, eliminando mais de 748 mil milhões de euros em valor de mercado desde dezembro de 2024.
Os dados financeiros levantam dúvidas sobre a gestão da Tesla. Os relatórios de fluxo de caixa da empresa indicam que foram gastos 5,8 mil milhões de euros em “compras de propriedades e equipamentos, excluindo arrendamentos financeiros, líquido de vendas” no segundo semestre de 2024. No entanto, o balanço patrimonial da Tesla mostra um aumento de apenas 4,5 mil milhões de euros nesses ativos. A diferença de 1,3 mil milhões de euros não tem explicação imediata.
Especialistas sugerem algumas hipóteses para este desaparecimento. A professora de contabilidade da Wharton School, Luzi Hail, afirma que a empresa pode ter vendido alguns ativos e que “não sabemos qual era o valor contábil líquido”. Além disso, fusões e aquisições ou transações cambiais também podem estar na origem da discrepância, revela a mesma fonte.
O que torna esta situação ainda mais intrigante é o facto de que, nos últimos cinco anos, não houve nenhum registo de inconsistências semelhantes nos balanços da Tesla. A única explicação plausível seria um erro contábil significativo.