Europa pondera cancelar taxas alfandegárias aplicadas aos carros elétricos chineses

Europa pondera cancelar taxas alfandegárias aplicadas aos carros elétricos chineses

A situação comercial entre a China e os Estados Unidos, com as tarifas de Donald Trump, levou a União Europeia (UE) a tomar medidas. A UE quer agora rever os seus planos quanto às próprias taxas alfandegárias dos carros elétricos chineses. Os impostos poderiam ser dispensados ​​e substituídos por uma regra menos punitiva. A pergunta é se isso tornará os modelos chineses mais acessíveis.

Europa quer repensar as taxas no carros elétricos

As tarifas que Donald Trump impôs à China podem em breve ser aproveitadas por outros mercados, em especial pela Europa. Estas duas potências terão relançado negociações para rever os seus acordos comerciais. As taxas impostas pela Europa sobre os automóveis carros produzidos na China podem ser suspensas em favor de uma nova regra. Este concentrar-se-ia em “preços mínimos”.

Em outubro de 2024, a UE aprovou novas taxas alfandegárias contra os fabricantes que produzem os seus modelos na China. Durante um período de cinco anos, as marcas viram o preço dos seus modelos importados aumentar drasticamente, enquanto a UE pretendia punir estes intervenientes do sector, ajudados pelo governo a parecerem mais competitivos do que os intervenientes europeus.

A Alemanha está entre os países mais interessados ​​em rever as condições de importação de veículos elétricos chineses para a Europa. A ideia da UE seria encontrar um compromisso para continuar a lutar contra a concorrência dos modelos chineses na Europa, obtendo ainda apoio por parte da China.

China acabaria por ser beneficiada face aos EUA

A solução prevista são os “preços mínimos”, abaixo dos quais os carros elétricos chineses não poderiam ser comercializados. Os líderes europeus sabem que, com a situação americana, o seu peso nas discussões pode ser maior. A China terá de vender os seus produtos, e os investimentos nos Estados Unidos poderão ser redirecionados para a Europa.

É, por isso, necessário aproveitar a oportunidade, mesmo tendo em conta as dificuldades enfrentadas pelos fabricantes europeus. Importa garantir aqui algumas medidas que impeçam que o alívio dado aos fabricantes chineses não se transforme no fim da indústria na Europa.

Ainda dentro do tema das tarifas e do impacto na indústria automóvel, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni tomou uma posição interessante. Aproveitou a oportunidade para pedir a suspensão do Acordo Verde para a indústria automóvel. Este engloba a proibição de carros emissores de CO2 em 2035 e a meta de neutralidade carbónica até 2050.